segunda-feira, 25 de junho de 2012

EM QUEM COLOCAR A NOSSA CONFIANÇA, NOS GOVERNANTES?

Foto: Alianças políticas inacreditáveis, desrespeitosas...
A que preço????
Por Frank
     A "Escritura Sagrada" nos revela o Reino de Deus, onde desde o principio Deus já te conhecia e te chamava pelo nome, e hoje Deus precisa de você na construção do Reino. Deus quer um povo exclusivamente seu, onde todos nos possamos conversar com ele de fato na condição de Pai, porque o nosso Deus antes de se o nosso Deus é o nosso Pai. E assim com o nosso Batismo, passamos a ser cidadãos do Céu andando sob a terra, na construção do Reino de Deus, e tendo Deus como nosso Pai passamos a confiar somente nele. Mais a "Escritura Sagrada" nos mostra que ouve um tempo, em que o povo cansou de Deus, e começou a olhar o "mundo" e começou a compreender que o "mundo" era governado por Reis ou governantes que dava direitos ao povo e o povo diante destes direitos poderia te uma condição de vida melhor; Ai o povo cansado de ouvir o "Profeta" fala em nome de Deus, o povo foi até o "Profeta" e explicou que tava cansado e que também queria um governante que governasse o povo um Rei. Diante da explicação do povo que queria direitos no mundo o "Profeta" ficou triste e foi conversar com Deus, e falou a Deus olha o teu povo já não está te aceitando e eles querem um Rei, um governante. Ai o nosso Deus colocou ao "Profeta" olha se é um Rei que eles querem de um Rei a eles, mais diga a eles de suas obrigações, ai o "Profeta" foi e conversou com o povo e falou novamente de Deus, mais o povo falou mesmo assim queremos um governante queremos direitos. Pois bem diante do quadro se queremos uma nova evangelização precisamos partir das raízes, precisamos partir de Jesus Cristo e telo como o nosso Rei. E desta forma precisamos "crer" que assim como ele nos afirmou que não devemos nos preocupar com o que vamos come no dia de amanhã, pois o Pai conhece as nossas necessidades, e nos sustentará em todas as nossas necessidades, desde que voltemos as nossas raízes e assumamos o nosso Batismo até as últimas consequências tendo Deus como o nosso Pai. É bem verdade que no mundo temos a missão de trabalhar na construção do Reino, e como cidadãos contribuir com os governantes na construção de um mundo melhor; Mais como cidadãos do Céu jamais podemos esquecer que tendo Deus como nosso Pai, passamos a se herdeiros e somos nós os responsáveis para construção do Reino, e quando nós tiramos esta responsabilidade e passamos aos governantes é como que assumidamente nos colocamos a condição daquele povo que já não aceitava mais o nosso Deus e queria acreditar em um governante. Tarcísio Cirino 03 junho 2012

sábado, 23 de junho de 2012

Ano da Fé é apresentado no Vaticano: E começa a "Nova Evangelização"


Cidade do Vaticano  - Foi apresentado na manhã desta quinta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Ano da Fé convocado por Bento XVI a ser celebrado no período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013.

O Ano da Fé, através de um calendário repleto de grandes eventos, tem a finalidade de favorecer a fé de tantos fiéis que na fadiga cotidiana não cessam de confiar a sua existência ao Senhor – disse o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.

"Somente crendo a fé cresce e se reforça" (Porta fidei, 7). À luz das reflexões contidas na Carta ApostólicaPorta fidei, Bento XVI convocou um Ano da Fé que terá início em concomitância com o 50º aniversário do Concílio Vaticano II (1962). O objetivo príncipe do Ano da Fé é favorecer a fé de tantos fiéis que na fadiga cotidiana não cessam de confiar com convicção e coragem a sua existência ao Senhor Jesus – explicou o Arcebispo Fisichella.

"O último Ano da Fé foi celebrado em 1968. Para agora foi pensado se poder fazer um momento, justamente, de reflexão, sobretudo, num contexto de crise generalizada. Não escondemos que existe uma crise de fé."

No atual contexto caracterizado por um secularismo que impele a "viver no mundo como se Deus não existisse" – frisou Dom Fisichella –, o Ano da Fé se propõe como um percurso que a comunidade cristã oferece a tantas pessoas que vivem com saudade de Deus e o desejo de encontrá-lo novamente.

Os objetivos indicados pelo Papa para o Ano da Fé – contidos na Carta Apostólica Porta fidei – são repercorridos com um programa que envolve a vida ordinária de todo fiel e a pastoral ordinária voltados a dar vida à nova evangelização.

Para isso, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos aprovou o formulário de uma santa missa especial "Pela Nova Evangelização". Todos os movimentos, antigos e novos, terão na vigília de Pentecostes um papel fundamental na transmissão da fé e na renovação do espírito missionário.

"O Ano da Fé é um ano que impele os movimentos a reencontrar na nova evangelização um elemento de participação comum em favor do crescimento da Igreja."

O primeiro evento do Ano da Fé terá lugar no domingo, 21 de outubro próximo, com a canonização de seis mártires e confessores da fé. Teremos, em seguida, muitas iniciativas voltadas para os jovens, em vista da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, e voltadas também para os leigos em geral mediante a experiência das Confrarias e da piedade popular, precisou o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Ademais, o Ano da Fé terá um logotipo e hino próprios, caracterizando assim os eventos oficiais. Para informar-se sobre todos os eventos afins foi criada uma página na Internet em italiano, inglês, espanhol, francês, alemão e polonês no endereço www.annusfidei.va. (RL)

Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização

Apresentado Instrumentum laboris do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização



Cidade do Vaticano  - Promover uma cultura mais profundamente radicada no Evangelho para oferecer uma resposta adequada aos sinais dos tempos: essa é a nova evangelização, tema da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, programada para realizar-se, no Vaticano, de 7 a 28 de outubro próximo.

Foi feita na manhã desta terça-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a apresentação do Instrumentum laboris, ou seja, o documento de trabalho da Assembleia. Subdividido em quatro capítulos, o documento foi publicado em latim, italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, português e polonês.

Após ter repercorrido em síntese os pontos principais do documento sobre o qual se concentrará o trabalho dos padres sinodais e ter ilustrado aos representantes da mídia internacional o significado e a finalidade da nova evangelização, o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterović, respondeu às perguntas dos jornalistas ressaltando a importância do testemunho de todos os cristãos e do contato pessoal na transmissão da fé. Nesse sentido, o arcebispo destacou dois setores prioritários:

"O setor da missão 'ad gentes' (além-fronteiras) e o setor da nova evangelização voltada para os nossos irmãos e irmãs que se distanciaram da Igreja."

A nova evangelização deve levar em consideração os novos cenários em que a Igreja se encontra atuando e transmitir a fé com novos instrumentos – ressaltou o Secretário-Geral do Sínodo. O ponto de força central na nova evangelização é a família cristã, pequena Igreja doméstica, no âmbito da qual justamente a figura da mulher desempenha um papel determinante:

"No Instrumentum laboris se evidencia a importância dos leigos, homens e mulheres na transmissão da Fé. Muitas respostas deram conta de que a maioria dos catequistas são mulheres, verdadeiramente merecedoras de grandes elogios pelo papel desenvolvido na transmissão da Fé. Também na família cristã as mulheres, as mães são as primeiras evangelizadoras."

A nova evangelização deve também ser entendida no sentido de uma profunda renovação interna da própria Igreja – observou Dom Eterović. Uma tarefa imprescindível, sobretudo à luz dos recentes escândalos que a atingiram.

"A nova evangelização não pode ter bom êxito se antes não houver o momento de conversão, de purificação de todos os membros envolvidos nessa tarefa. Devemos sempre ressaltar a imagem do sal da terra. Não é tanto a quantidade, mas a qualidade de seus membros que será também a força portadora da nova evangelização." 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

VIDA E MISSÃO


Vida e missão
Reflexões espirituais de Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará
Dom Alberto Taveira Corrêa
BRASILIA, terça-feira, 19 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Santidade é vocação de todos os cristãos, sem exceção. A redescoberta da Igreja como um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, não pode deixar de implicar um reencontro com sua santidade, entendida no seu sentido fundamental de pertença àquele que é o Santo por antonomásia, o três vezes Santo (cf. Is 6,3). Professar a Igreja como santa significa apontar o seu rosto de Esposa de Cristo, que a amou entregando-se por ela precisamente para santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Este dom de santidade é oferecido a cada batizado. Mas, o dom gera um dever, que há de moldar a existência cristã inteira: Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1 Ts 4,3). É um compromisso que diz respeito aos cristãos de qualquer estado ou ordem, chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre (Cf. Novo Millenio ineunte 30-31).
A formação da cultura dos povos é marcada positivamente pela presença da Igreja e por homens e mulheres que se elevam pelo seu comportamento e suas opções de vida, mostrando que efetivamente é possível sair da rotina do “mais ou menos”, para ser daqueles que confirmam que uma alma que se eleva, eleva o mundo. Tenho descoberto esta santidade em homens e mulheres que a testemunham na fidelidade ao Evangelho, na coerência de suas opções e na estatura com que enfrentam as dificuldades da vida. Há que abrir os olhos e descobrir tais pessoas, vendo-as como provocação positiva ao risco de acomodamento que nos cerca continuamente.
A Igreja reconhece publicamente a santidade, com o que chama “beatificação” e “canonização”. Hoje o Brasil já conta com diversas pessoas assim reconhecidas, entre cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes, crianças, jovens e adultos, confessores da fé e mártires. São homens e mulheres cuja santidade heroica merece ser posta diante dos olhos do mundo. Não nos envergonhemos de dizer que os cristãos têm para oferecer ao mundo o que existe de melhor em humanidade. Não nos furtemos à responsabilidade de superar as falhas humanas existentes com a virtude comprovada e testemunhada. Nosso tempo tem direito a receber dos cristãos a oferta da santidade. Ao reconhecer que o mistério da iniquidade se encontra presente no meio do mundo e também entre os cristãos, continue como referência a medida alta da santidade!
No período em que nos encontramos, chamado pela Igreja de “tempo comum”, as verdades do Evangelho são mostradas a todos pelo testemunho dos santos e santas que se consagraram a Cristo e são sinais luminosos de luta e de perfeição, além de reconhecidos como valorosos intercessores para aqueles que acreditam “na comunhão dos santos”, como dizemos na profissão de Fé. E, como sempre acontece, os santos de maior devoção geraram cultura e hábitos na sociedade. Multiplicam-se as festas patronais em nossa região, muitas pessoas retornam a sua terra natal para as férias que se aproximam e para se alimentarem de legítimas e positivas tradições religiosas que contribuem para que se tome consciência de que não nos inventamos a nós mesmos, mas somos tributários de uma magnífica herança, como tocha da grande olimpíada da vida a ser mantida acesa e passada às sucessivas gerações. São conhecidos de forma especial os santos do mês de junho, Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São figuras que geraram cultura popular entre nós.
Ponho em relevo, de modo especial, a figura de São João Batista, cujo nome, vida e missão são reconhecidos pela tarefa que a Providência divina lhe confiou, como Precursor da chegada do Messias, aquele que mostrou presente o Salvador do mundo, pregador da penitência, capaz de abrir nos corações humanos a estrada, para que chegasse aquele “que tira os pecados do mundo”, como foi por ele mesmo apresentado (Cf. Jo 1,29).
Um dia, Jesus recebeu emissários de João Batista, com a pergunta sobre sua identidade de Messias. De fato, João se revelou sempre radical em suas escolhas e profundamente honesto em seu desejo de fidelidade à missão recebida. Mandou-lhe a magnífica resposta: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito!” (Mt 14,4-5). Às multidões de ontem e de hoje Jesus fala sobre João Batista: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Olhai, os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti (Mt 14, 7-10).
Viver para servir, ser honestos na procura da verdade e coerentes no comportamento! Com exemplos de tal quilate descobrimos o quanto é bom viver para servir e amar. A vida e missão de João Batista, unidas à sua oração fervorosa, nos façam acolher as verdadeiras alegrias vindas do Salvador e nossos passos se dirijam no caminho da salvação e da paz.

A crise da ética e a fragilidade na aldeia global
Uma reflexão de Mons. Bruno Forte sobre o "Vatileaks" e a altura espiritual de Bento XVI
ROMA, segunda-feira, 18 de junho de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir um artigo de opinião de Mons. Bruno Forte, arcebispo da diocese de Chieti-Vasto (Abruzzo), publicado ontem, domingo, 17 de junho, no diário Il Sole 24 horas.
A publicação de algumas cartas privadas de Bento XVI (na sua maioria cartas privadas, dirigidas a ele), em um livro de fácil sucesso editorial, representa uma queda muito séria, em termos de ética, da comunicação. Nesta operação jornalística o respeito devido a cada pessoa não foi nem um pouco tomado em consideração, especialmente aquele devido à pessoa do Papa e daquelas pessoas que com confiança e senso de responsabilidade lhe escreviam. Se o objetivo era fazer que a comunidade eclesial, no seu centro universal, a Cúria Romana, aparecesse como uma espécie de "ninho de víboras", desacreditando assim a mesma autoridade moral da Igreja Católica, parece que falhou inteiramente: e isso especialmente no âmbito do povo de Deus, onde querendo mostrar o Sucessor de Pedro numa condição de fragilidade e de solidão despertou para com ele uma onda de afeto e carinho na oração em proporções impressionantes. As manifestações de carinho dirigidas ao Papa por milhões de pessoas presentes  na Missa celebrada no aeroporto de Bresso em Milão por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias, há duas semanas, como os muitos sinais de devoção e de afeto que estão aumentando nas Igrejas locais de todo o mundo, são uma prova.
Até mesmo protagonistas da cultura "secular" e da vida pública têm mostrado a sua justa indignação em face dessa exploração mediática da "privacidade" de muitos, em primeiro lugar, daquela referência moral e espiritual altíssima que é para todo o mundo Bento XVI. O que é mais doloroso nesta história toda é a figura do chamado "corvo", isto é, daqueles que por causa dessas cartas sairam à luz, fazendo-os sair da confidencialidade que lhes era devido: tratou-se de uma grave traição da confiança recebida, de um ato moralmente repreensível no mais alto grau. Além disso, a comunidade dos discípulos de Cristo está acostumada à traição desde os seus inícios, a partir do drama de Judas e daquelas infames "trinta moedas" que - manchadas de sangue - foram consideradas adequadas apenas para comprar um campo de mortos para os estrangeiros. No entanto, nesta história emerge um estraordinário aspecto positivo, ligado ao testemunho mais do que bilhante e fidedigno de Bento XVI, de fé verdadeiramente rochosa. Prova disso são as palavras pronunciadas pelo Papa na audiência da quarta-feira passada na Sala Nervi no Vaticano,
que merece mais do que nunca uma reflexão: o contexto era o da reflexão sobre a oração, "oásis de paz em que podemos tirar a água que alimenta a nossa vida espiritual e transforma a nossa existência”. O modelo proposto pelo Papa foi o apóstolo Paulo, que em um momento de grande sofrimento "por três vezes orou fervorosamente ao Senhor para remover esta prova". E é nesta situação que, na contemplação profunda de Deus, recebe resposta ao seu apelo: "Te basta a minha graça; a minha força se manifesta na fraqueza” (2 Coríntios 12, 9). A lógica do Apóstolo é simples: ele "não se vangloria de suas ações, mas da atividade de Cristo que age justamente na sua fraqueza". Comenta Bento XVI: "Esta atitude de profunda humildade e confiança no manifestar-se de Deus é fundamental também para a nossa oração e para a nossa vida, para a nossa relação com Deus e com as nossas fraquezas... Paulo compreende com clareza como afrontar e viver cada evento, sobretudo o sofrimento, a dificuldade, a perseguição: no momento em que se experimenta a própria fraqueza, manifesta-se a potência de Deus, que não abandona, não deixa só, mas se torna o sustento e força”.
Aqui segue uma declaração marcante do Papa, na qual parece manifestar algo do seu sofrimento com discrição e modéstia: "Claro, Paulo teria preferido ser libertado deste sofrimento; mas Deus diz: Não, isso é necessário para ti. Terás as graças suficientes para resistir e para fazer tudo o que precisa ser feito. Isso também vale para nós. O Senhor não nos liberta dos males, mas nos ajuda a amadurecer nos sofrimentos, nas dificuldades, nas perseguições... Não é o poder dos nossos recursos, das nossas virtudes, das nossas capacidades que realiza o Reino de Deus, mas é Deus que obra maravilhas através da nossa fraqueza, da nossa insuficiência com a posição ocupada. Devemos, portanto, ter a humildade de não confiar apenas em nós mesmos, mas trabalhar, com a ajuda do Senhor, na vinha do Senhor, confiando-nos a Ele como frágeis vasos de barro”.
Transparece aqui o testemunho do homem de fé, que sabe muito bem o quão importante seja "a constância, a fidelidade do relacionamento com Deus, especialmente nas situações de aridez, de dificuldades, de sofrimento, de aparente ausência de Deus”. E isso é fruto de um grande amor: "Somente quando estamos agarrados ao amor de Cristo, seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade como Paulo, convencidos de que tudo podemos Naquele que nos fortalece”. Justo assim, à sombra da miséria do acontecimento “Vatican Leaks” se eleva a grandeza da estatura espiritual deste Papa, que se torna uma mensagem de vida e de esperança para todos nós: diante das provas da vida e da história, principalmente daquelas que nos chegam tanto de forma inesperadas,  quanto de forma dolorosas, daquelas morais como físicas (como os dramáticos acontecimentos do recente terremoto na Emilia), diante da crise ética que está na raiz das dificuldades de hoje na "aldeia global" é necessário acima de tudo manter alta a confiança na força do bem, na capacidade da verdade de vencer ao final, e a serena certeza – vivíssima em quem crê – de não estarmos sozinhos, mas de contarmos com a fidelidade de um amor que nunca falhará e que sustentará nas tempestades a barca da Igreja e de quem confiar no Deus vivo em uma rota segura, em direção a um porto de justiça e de paz para todos.
[Traduzido do italiano por Thácio Siqueira]

2° EREN - ENCONTRO REGIÃO EPISCOPAL NORTE

Tarcisio e Bispo Dom Dirceu Vegini
   Na força do Espírito Santo, aconteceu um grande encontro de Missionários do setor Norte, nesse último domingo dia 24 de Outubro 2010 no Santuário Nossa Senhora do Equilíbrio em Orleans Curitiba/Pr.
O encontro procurou mostrar os desafios da missão continental de acordo com o que pede os Bispos no Documento de Aparecida.
   Abertura desse grande encontro foi realizada pelo Bispo Dom Dirceu Vegini que fez acolhida de todas as Lideranças Pastorais e Missionárias presentes e pronunciou a palavra do Papa Bento XVI, sobre o dia Mundial das Missões. Em seguida relatou que o mês de Outubro, é o mês Missionário e tem como tema Missão e Partilha e o Lema "Ouvi o Clamor de meu Povo". Dom Dirceu colocou que a Partilha é o Fruto da Eucaristia e passou a palavra para o Pe.Luiz Fernando Lisboa Coordenador Missionário do setor Colombo e Pároco da Paróquia Santa Terezinha em Colombo, que conduziu o encontro.
   Pe. Luiz Fernando Lisboa  falou do fato de Jesus ter entrado na sinagoga , aberto as escritura e dito " O Espírito do Senhor esta sobre mim (Lucas 4-14-21). Hoje se cumpriu as escrituras.
   Em seguida falou sobre a Dimensão da Missionariedade da Igreja  de acordo com o Papa João Paulo II, "Comunidade das Comunidades, uma só comunidade".
Para que nossas Comunidades seja centro de irradiação para outras Comunidades, é necessário que aconteça uma mudança de Mentalidade e Conversão em nossas Comunidades.
   Para finalizar o sucesso deste grande encontro do setor Norte de Colombo, houve a Santa Missa presidida pelo Bispo Dom Dirceu Vegini com a participação de Diáconos e Padres do setor Norte. Na Homilia Dom Dirceu colocou que a nossa missão é fruto de oração e que os objetivos da missão deve sempre estar fundamentado na oração para que a igreja possa colher  frutos. Antes da Bênção final Dom Dirceu Vegini agradeceu o apoio de todos, disse que espera chegar em Foz do Iguaçu e encontrar Padres bons como os do Setor Norte e que no próximo ano espera poder novamente participar do 3° Eren e assim
os encontristas os aplaudiu e Dom Dirceu deu como encerrado 2°Eren com a Bênção final.




Santuário Nossa Senhora do Equilíbrio Curitiba/Pr

Bispo Dom Dirceu Vegini
Pe. Luiz  Fernando Lisboa e Tarcisio Cirino


Santa Missa















sábado, 9 de junho de 2012

JOVENS EVANGELIZA NA RUA "SE A MODA PEGA"

Jovens para escritor na rua e fala do "amor" 

EM NOSSA LUTA " QUEM ESTÁ VENCENDO"?

Amigos na Fé, um certo dia alguém afirmou, "a nossa luta não é contra as pessoas, mais contra as potestades e principados"; O grande triunfo do "encardido" nos dias de hoje nos diversos métodos de informação é nos leva a "crer" que o "encardido" não existe, tudo é fruto de nossas crenças ou imaginação, No entanto faz parte de minha Fé e de nossa Fé "crer" que Deus existe e esta ai através da mesa da Eucaristia e da sua Palavra, assim como também faz parte de minha Fé e nossa Fé, "crer" que o mal existe e esta presente, onde poderíamos nos perguntar, quem está vencendo está luta? Ou esta guerra Deus ou o "encardido"? Imagine você em nosso País, e no mundo existe cadeias ou penitenciarias de segurança máxima, onde traficantes lá são presos, muitas vezes condenados a uma prisão eterna  até o final de seus dias; E lá dentro destas "cadeias" eles conseguem continuar sua obra neste mundo através de seus soldados. Enquanto isto nós os soldados de Jesus Cristo, muitas vezes nos deixamos a nos influenciar por métodos que leva multidões a abandonar a verdadeira Fé. Em nosso País hoje e também no mundo, a religião que mais atrai as pessoas de diversas idades, mais de modo especial os "jovens", não é os evangélicos ou protestantes! A religião que mais cresce ou filosofia de vida, nas diversas classes sociais, arrastando multidões é o "espiritismo". É urgente nos colocarmos a serviço de uma "Nova Evangelização" atenta a realidade que estamos inseridos, voltando as nossas raízes e partindo de Jesus Cristo. Ass. Tarcísio Cirino 09 junho 2012.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

CORPUS CHRISTI 2012 E A MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI.


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI presidiu no início da noite desta quinta-feira, Festa de Corpus Christi a Santa Missa na Basílica de São João de Latrão, às 19 horas (14h de Brasília). Após a celebração, seguiu-se a procissão litúrgica até a Basílica de Santa Maria Maior. 

Em sua homília, durante a missa Bento XVI reiterou o aspecto da adoração eucarística da festa de hoje, mas não deixou de abordar o sentido celebrativo.

Leia abaixo a íntegra da homília do Papa.

Queridos irmãos e irmãs!

Esta noite gostaria de meditar com vocês sobre dois aspectos, entre eles relacionados, do Mistério eucarístico: o culto da Eucaristia e a sua sacralidade. É importante levá-los em consideração para preservá-los de visões incompletas do próprio Mistério, como as que se verificaram num passado recente.

Antes de tudo, uma reflexão sobre o valor do culto eucarístico, em especial da adoração ao Santíssimo Sacramento. É a experiência que também esta noite nós viveremos depois da Missa, antes da procissão, durante sua realização e no seu final. Uma interpretação unilateral do Concílio Vaticano II penalizou esta dimensão, restringindo na prática a Eucaristia ao momento celebrativo. 

Com efeito, foi muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo, o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício. Essa valorização da assembleia litúrgica, em que o Senhor atua e realiza o seu mistério de comunhão, permanece naturalmente válida, mas deve ser reinserida no justo equilíbrio. 

Com efeito, como muitas vezes acontece, para destacar um aspecto se acaba por sacrificar outro. Neste caso, a acentuação dada à celebração da Eucaristia foi em detrimento da adoração, como ato de fé e de oração dirigido ao Senhor Jesus, realmente presente no Sacramento do altar. Esse desequilíbrio teve repercussões também na vida espiritual dos fiéis. De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais. 

E assim se percebe menos o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como “Coração pulsante” da cidade, do país, do território com as suas várias expressões e atividades. O Sacramento da Caridade de Cristo deve permear toda a vida cotidiana.

Na realidade, está errado contrapor celebração e adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. É justamente o contrário: o culto do Santíssimo Sacramento constitui o “ambiente” espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor. 

O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai.

A esse propósito, quero ressaltar a experiência que viveremos juntos esta noite. No momento da adoração, nós estamos todos no mesmo plano, de joelhos diante do Sacramento do Amor. O sacerdócio comum e o ministerial se encontram acomunados no culto eucarístico. É uma experiência muito bela e significativa, que vivemos diversas vezes na Basílica de S. Pedro, e também nas inesquecíveis vigílias com os jovens – lembro por exemplo as de Colônia, Londres, Zagreb e Madri. 

É evidente a todos que esses momentos de vigília eucarística preparam a celebração da Santa Missa, preparam os corações ao encontro, de modo que isso resulte ainda mais frutuoso. Estar todos em silêncio prolongado diante do Senhor presente no seu Sacramento é uma das experiências mais autênticas do nosso ser Igreja, que acompanha de modo complementar a celebração da Eucaristia, ouvindo a Palavra de Deus, cantando, aproximando-se junto da ceia do Pão da Vida. 

Comunhão e contemplação não podem se separar, vão juntas. Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial. 

E, infelizmente, se falta esta dimensão, também a própria comunhão sacramental pode se tornar, da nossa parte, um gesto superficial. Ao invés, na verdadeira comunhão, preparada com o colóquio da oração e da vida, nós podemos dizer ao Senhor palavras íntimas, como as que ressoaram agora há pouco no Salmo responsorial: “Sou teu servo, filho de tua serva, rompeste os meus grilhões. Vou te oferecer um sacrifício de louvor, invocando o nome do Senhor” (Salmo 115, 16-17).

Agora gostaria de passar brevemente para o segundo aspecto: a sacralidade da Eucaristia. Também aqui sofremos no passado recente com certa incompreensão da mensagem autêntica da Sagrada Escritura. A novidade cristã quanto ao culto foi influenciada por uma mentalidade mundana dos anos 60 e 70 do século passado. É verdade, e permanece sempre válido, que o centro do culto já não está mais nos ritos e nos sacrifícios antigos, mas no próprio Cristo, na sua pessoa, na sua vida, no seu mistério pascal. 

E, todavia, desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado. A carta aos Hebreus, que ouvimos esta noite na segunda Leitura, nos fala justamente da novidade do sacerdócio de Cristo, “sumo sacerdote dos bens vindouros” (Hb 9, 11), mas não diz que o sacerdócio acabou. Cristo “é mediador de uma nova aliança” (Hb9,15), estabelecida no seu sangue, que purifica “a nossa consciência das obras mortas” (Hb9,14).

Ele não aboliu o sagrado, mas o levou a cabo, inaugurando um novo culto, que é sim plenamente espiritual, mas que todavia, até que estejamos em caminho no tempo, se serve ainda de sinais e de ritos, que desaparecerão somente no fim, na Jerusalém celeste, onde não haverá mais nenhum templo. Graças a Cristo, a sacralidade é mais verdadeira, mais intensa, e, como acontece para os mandamentos, também mais exigente! 

Não basta observar o rito, mas se requer a purificação do coração e o envolvimento da vida. Apraz-me sublinhar que o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações.

Se, por exemplo, em nome de uma fé secularizada e não mais necessária de sinais sagrados, fosse abolida esta procissão urbana de Corpus Domini, o perfil espiritual de Roma resultaria “esvaziado”, e nossa consciência pessoal e comunitária se tornaria enfraquecida. Também pensamos em uma mãe e em um pai que, em nome de uma fé dessacralizada, privassem seus filhos de qualquer ritual religioso: na realidade terminariam por deixar o campo livre a tantos substitutos presentes na sociedade de consumo, e a outros ritos e a outros sinais, que mais facilmente poderiam se tornar ídolos. 

Deus, nosso Pai, não fez assim com a humanidade: enviou seu Filho ao mundo não para abolir, mas para dar cumprimento também ao sacro. No cume desta missão, na última Ceia, Jesus instituiu o Sacramento de seu Corpo e de seu Sangue, o Memorial de seu Sacrifício Pascal. Assim fazendo Ele mesmo se colocou no lugar dos sacrifícios antigos, mas o fez dentro de um rito, que mandou os Apóstolos perpetuar, qual sinal supremo do verdadeiro Sagrado, que é Ele mesmo. 

Com esta fé, queridos irmãos e irmãs, celebramos hoje e cada dia o Mistério Eucarístico e o adoramos como centro de nossa vida e coração do mundo. Amém.

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI AS FAMILIAS

Nossos agradecimentos a CTV pelas imagens cedidas, somos grato

CORPUS CHRISTI 2012


Missa com a tradicional Procissão acontecerá  ás 9 horas da manhã na Igreja Matriz da Paróquia Santa Cândida.
“O SENHOR OFERECE SUA VIDA NO SACRIFÍCIO EUCARÍSTICO”.

Pax  Domini  sit  semper  vobiscum!!!

Com muita alegria celebramos nesta quinta-feira a festa que comemora a “Presença” Real de Jesus na Eucaristia. Jesus se dá em cada Eucaristia celebrada com seu infinito amor. Ela é uma fonte inesgotável de misericórdia por nós que somos limitados pelas nossas fraquezas. O amor verdadeiro exige presença. Só amamos o que percebemos no fundo de nosso coração. Jesus entra no profundo centro de nossa humanidade e comunica o seu amor misericordioso. Esta festa recorda que jamais Deus abandona suas criaturas. Nunca estaremos órfãos porque o Senhor está conosco em sua Igreja.
A festa de “Corpus Christi” é um momento forte de oração e louvor a Jesus presente no meio de nós no Santíssimo Sacramento. Ela foi instituída em 1264 pelo Papa Urbano IV que desejava que houvesse uma solenidade para glorificar a “presença real de Jesus Cristo na Eucaristia”. A festa do Corpus foi marcada oficialmente na quinta-feira depois da festa da Santíssima Trindade.

ORAÇÃO:  Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.


EVANGELHO (Mc 14, 12-16.22-26):
No primeiro dia dos ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos? Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós!” Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é meu corpo”. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. Jesus lhes disse: “Isto é meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. Em verdade vos digo, não beberei mais o fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no reino de Deus”. Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: ‘Tomai, isto é meu corpo’. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. Jesus lhes disse: ‘Isto é meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos’”.

A presença de Jesus na Eucaristia é a principal graça que temos como herança para a nossa salvação. Quando aceitamos a Cristo, precisamos aceitá-lo como um todo. Jesus é o novo cordeiro que tira os pecados do mundo. A Páscoa toma um novo sentido. É a passagem da morte para a vida. A passagem de Jesus é permanente em nossas igrejas.
Deus deseja se unir a nós, mesmo sa bendo de nossas fraquezas. É através da Eucaristia        que vamos nos fortificando em nossa vida de Fé. Preparando-nos para a nossa futura união definitiva com Deus. A celebração eucarística é um pré-anúncio do que iremos viver na eternidade.
A Eucaristia serve como alimento salutar, como sacramento de cura para nosso egoísmo, ela é vida que se reparte. Por esta razão precisamos nos tornar a extensão da Eucaristia que celebramos. Ela serve para conservar e cultivar a Graça de Deus em nós. Ela exige de nós uma verdadeira abertura de coração, vencendo toda a nossa racionalidade, purificando todo o nosso egoísmoA presença de Jesus na Eucaristia é remédio para a humanidade, ela nos ajuda a sermos solidários, a repartirmos nossa existência com nossos irmãos.
Nesta quinta-feira em várias comunidades teremos a procissão com Jesus Sacramentado. Não podemos esquecer do sentido espiritual que tem esta procissão p or nossas ruas que são preparadas para a passagem de Jesus sobre a espécie Eucarística. Este momento é um momento de muita devoção. Nele acontece a cura dos corações de muitas pessoas que não tem a real consciência deste Augusto Mistério.
O fato de Jesus caminhar conosco é muito importante, pois Ele deve fazer parte de nossas vidas, da realidade de nosso cotidiano. Quando Jesus estava no meio de seu povo seu olhar se voltava para todos, especialmente para os doentes e necessitados.
Deus nos ama tanto que quer fazer parte de nossa vida. Esta festa nos alegra muito e nos compromete a vivermos a mensagem de Cristo contida nos Evangelhos.
Ao olharmos para o Ostensório contendo a Hóstia Consagrada nesta quinta-feira vamos pedir a Jesus uma renovação total de nossas vidas, a libertação do pecado e uma vida de profunda fraternidade.

 “Obrigado Senhor Jesus por estar sempre presente neste grande mistério de amor”

ELEMENTOS HISTÓRICOS DA FESTA DO CORPUS CHRISTI:

Ao redor o ano 1000 se despertou um grande entusiasmo eucarístico. Isto ocorreu devido a questões que surgiram para defender o mistério eucarístico contra heresias que surgiram colocando dúvidas sobre este sacramento.
O motivo principal para a instituição desta festa foi a revelação que teve Santa Juliana de Carmellón, Liège (Bélgica, 1193-1298). A ela deu-se o fato de uma aparição ou sonho de um disco luminoso com uma franja escura. A interpretação deste fato foi que o disco luminoso significava o ano litúrgico e a franja escura o vazio que se encontrava nele pela ausência de uma festa em honra ao Santíssimo Corpo de Cristo. Santa Juliana falou do acontecido ao seu confessor, que comunicou o fato a vários teólogos com o fim de indagar seus pareceres. Entre eles se encontrava o provincial dos dominicanos Hugo de Thierry e o cônego de Liège Jacques de Troyes. Este insistiu ao bispo Roberto para que a festa fosse estabelecida na diocese de Liège, e assim o fez em 1246.
Anos mais tarde Jacques de Troyes foi eleito Papa com o nome de Urbano IV. O interessante é que ele mesmo não estava mais tão interessado em introduzir a festa como uma solenidade universal.
Por esta época aconteceu um fato milagroso sucedido em Bolsena, segundo o qual um sacerdote peregrino sentiu grandes dúvidas sobre a presença eucarística ao celebrar a missa na igreja de Santa Cristina. Da Hóstia Consagrada saíram algumas gotas de sangue que mancharam o corporal. Ao saber do acontecido, o Papa Urbano IV quis ver os corporais e mandou traze-los a Orvieto, onde estava e neste local se encontram até hoje. Este fato influenciou  ao Papa a estabelecer na Igreja universal a festa do Corpus.
A procissão do Corpus aconteceu mais tarde sendo que as primeiras tiveram início em Colônia. Ao princípio se levava o Santíssimo fechado na píxide. Aos poucos se queria ver a Hóstia Consagrada e assim aparec eram as Custódias ou Ostensórios para que todos pudessem contemplar a presença de Jesus no Santíssimo Sacramento.

Obs. Estes dados foram retirados do Curso de Liturgia da Biblioteca de Autores Cristãos,  Madri, 1961.