quarta-feira, 3 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO CELEBRA MISSA COM DOM MOACYR JOSÉ VITTI.

Cidade do Vaticano (RV) - “Vivemos pequenas ou grandes idolatrias, mas o caminho que leva a Deus passa pelo amor exclusivo por Ele, como Jesus nos ensinou”. Este foi o fulcro da homilia de Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta quinta-feira, 06, na capela da Casa Santa Marta. O Arcebispo de Curitiba, Dom José Vitti, foi um dos concelebrantes. 

Quando o escriba se aproximou de Jesus para perguntar qual era, segundo Ele, o primeiro mandamento, “provavelmente sua intenção não era tão inocente”, disse Francisco, comentando a leitura do Evangelho. 

Jesus respondeu que “o Senhor é o nosso Deus”, que não é suficiente dizer “acredito em Deus; Deus é o único Deus”, mas é preciso viver realmente como se Ele fosse o único, e não ter outras divindades a nossa disposição. “Existe o risco da idolatria!”. Jesus foi claro, e pediu ao Pai que nos defendesse do espírito mundano, que nos conduz à idolatria. 

O Papa prosseguiu afirmando que a idolatria é sutil, que “todos temos nossos ídolos escondidos”, mas que devemos procurá-los e destruí-los, porque o único caminho para seguir Deus é o da fidelidade: 

Os ídolos escondidos fazem com que nós não sejamos fiéis no amor. O caminho para seguir avante no Reino de Deus é um caminho de fidelidade que se assemelha ao amor nupcial”. 

Como é possível não ser fiel a um amor tão grande? - questionou Francisco, concluindo que é necessário confiar em Cristo, “que é fidelidade plena e que nos ama tanto”: 

Hoje, podemos pedir a Jesus: ‘Senhor, você é tão bom, ensina-me o caminho para estar sempre perto de Deus e afastar sempre todos os ídolos. É difícil, mas temos que começar, porque eles nos tornam inimigos de Deus”.
 Papa Francisco recebeu no final da manhã desta quinta-feira, 06, a comunidade da Pontifícia Academia Eclesiástica. No seu discurso o Papa primeiramente agradeceu o Presidente da Pontifícia Academia, Dom Beniamino Stella, que momentos antes lhe dirigiu uma saudação.

Francisco recordou aos membros da Pontifícia Academia que eles estão se preparando para um ministério de particular compromisso, que os colocará a serviço direto do Sucessor de Pedro, do seu carisma de unidade e comunhão, e da sua solicitude por todas as Igrejas.

O Santo Padre recordou em seguida que o serviço que se presta nas Representações Pontifícias é um trabalho que requer, como também em outros ministérios sacerdotais, uma grande liberdade interior.

Mas o que significa ter liberdade interior, perguntou o Papa? Antes de tudo – respondeu Francisco -, significa ser livres de projetos pessoais: de algumas das modalidades concretas com as quais talvez, um dia, vocês pensaram em viver o seu sacerdócio, da possibilidade de programar o futuro; da perspectiva de permanecer por mais tempo no “seu” lugar de ação pastoral. Significa tornar-se livres, em qualquer modo, também em relação à cultura e à mentalidade da qual vocês provêm, não para esquecê-las e muito menos para renegá-la, mas para se abrirem, na caridade, à compreensão de culturas diferentes e ao encontro com homens pertencentes a mundos também muitos distantes dos seus. 

Sobretudo, - continou o Papa - signfica vigiar para ser livres da ambição ou aspirações pessoais, que tanto mal podem fazer à Igreja, tendo cuidado de colocar sempre em primeiro lugar não a sua realização, ou o reconhecimento que vocês poderiam receber dentro ou fora da comunudade eclesial, mas o bem superior da causa do Evangelho e a realização da missão que lhes será confiada.

Por isso – disse ainda Francisco –, voces deverão estar dispostos a integrar a sua visão de Igreja, mesmo legítima, no horizonte do olhar de Pedro e da sua peculiar missão ao serviço da comunhão e da unidade do rebanho de Cristo, da sua caridade pastoral, que abraça o mundo inteiro e que, graças à ação das Representações Pontifícias, deseja estar presente sobretudo naqueles lugares, muitas vezes esquecidos, onde são grandes as necessidades da Igreja e da humanidade.

Em síntese o Papa afirmou que o ministério que eles estão se preparando pede a eles que saíam de si mesmos; um destacar-se de si mesmo que pode ser conseguido somente através de um intenso caminho espiritual e uma séria unificação da vida ao redor do mistério do amor de Deus e do imprescrutável designio de seu chamado.

O Papa Francisco dirigiu ainda uma palavra às Irmãs que desempenham com espírito religioso e franciscano o seu serviço cotidiano em meio aos sacerdotes. São boas Mães que os acampanham com a oração, com as suas palavras simples e essenciais e sobretudo com o exemplo de fidelidade, de dedicação e de amor. Junto a elas o Papa gradeceu também os leigos que trabalham na Pontifícia Academia Eclesiástica.

Concluíndo fez votos de que eles iniciem o serviço à Santa Sé com o mesmo espírito do Beato João XXIII. (SP)




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