quinta-feira, 12 de novembro de 2020

VOCAÇÕES: O MILAGRE DA PARTILHA EM TEMPOS DE REFLEXÃO E MISSÃO.

Veículo da Missão:
 Agosto - mês vocacional e neste tempo de quarentena prolongada fomos surpreendidos, com registros históricos que conta a rica história da atuação do movimento de capelinhas na arquidiocese de Curitiba. 

Agradecemos às coordenações pela confiança do material, através de áudios, textos, fotos, livros atas, e com os devidos cuidados, vamos digitalizar os documentos, após concluir os estudos do material histórico, para conhecimento do público.

Os movimentos nascem e se formam em um contexto externo a Igreja local, mais atuam dentro das paróquias, é uma ação dos leigos que através de assembleia pode envolver, varias outras pastorais em um mesmo serviço, em prol do planejamento pastoral da paróquia ou diocese. 

Em especial, o movimento de capelinhas, chamado carinhosamente de formiguinhas de Nossa Senhora, ou de exército azul, vinha saindo do tradicionalismo e foi-se atualizando com as necessidades dos novos tempos e passou a ser mais que um movimento, e sim em uma organização mariana de centenas e centenas de pequenas comunidades que através da imagem de Nossa Senhora, visita às famílias da capital paranaense, região metropolitana e outros lugarejos, cidades, para momentos de oração e reflexão da boa notícia de Jesus Cristo e assim foi crescendo a Igreja doméstica, a exemplo das primeiras comunidades de fé.

Em sua ação evangelizadora, os objetivos foi ganhando o apoio de Bispos, párocos, lideranças de CCPs, em especial na última década no processo da nova evangelização. 

Mais como um movimento em sua maioria de pessoas idosas, se renovou, organizou e partiu para águas mais profundas, atraindo interesses de uma nova geração de mensageiras(os) e sua ascensão, na última década?
Em 2009 a região episcopal norte, realizou assembleia em especial através das coordenações paroquiais do movimento de capelinhas, motivados pelo saudoso bispo auxiliar da arquidiocese de Curitiba, Dom Dirceu Vegini, que orientou ás lideranças do setor Colombo a envolver os padres e demais lideranças vivas das pastorais dos setores da região, para a primeira assembleia do povo de Deus da região norte que foi denominada: EREN.

Após a bela participação de Padres e lideranças no primeiro EREN: Encontro Episcopal das Lideranças da Região Norte, as demais regiões episcopais, centro e sul, foram aderindo o modelo e implantaram o encontro de motivação em sua região episcopal.

Lideranças de pastorais e movimentos, em um primeiro momento realizava assembleia paroquial com os seus párocos nas Paróquias, para definir o que cada setor estaria priorizando e depois todas coordenações de Pastorais, lideranças e movimentos do setor, se reunia com o Bispo da região, para juntos em unidade, apresentar o que cada setor, região estava realizando no processo de evangelização através do Plano da ação evangelizadora da arquidiocese e Igreja do Brasil, tendo como foco, fortalecer a Igreja doméstica, através do subsidio CAMINHANDO.

Estas iniciativas integradas foram contribuindo no contexto da época para o fortalecimento do COMIDI, grupos de reflexão, pastorais, movimentos e expansão de novas mensageiras(os) nas regiões, que com ajuda de Padres, Frei, fomos denominando o processo de evangelização da Igreja doméstica, por: áreas missionárias ou áreas de missão.

No mês missionário do ano 2013, após a 34° Assembleia do Povo de Deus, na cidade de Maringá o saudoso arcebispo da arquidiocese de Curitiba: Dom Moacyr José Vitti, em um diálogo interno, nos motivou a continuar trabalhando em prol das áreas missionárias - através da estrutura do movimento de capelinhas para que as novas gerações do laicato do futuro, estivesse presente, no local onde mora, junto das famílias nos grupos de reflexão e não ficasse só na oração e ali ondes mora, fossem  missionários, portadores de uma mensagem,  germinando vocações. para a nova evangelização.
Diante do contexto, para o fortalecimento do processo de evangelização o subsidio de evangelização CAMINHANDO, foi repensado e passou a ser na conjuntura da época o subsidio de trabalho do Movimento de Capelinhas da arquidiocese de Curitiba,  com apoio de Dom Moacyr José Vitti, Dom Rafael Biernaski, Pe.Rivael de Jesus, Frei Marcus Miranda, COMIDI, diretoria do Movimento de Capelinhas, Pe.Regis Bandil.

Em 2015 o movimento é como uma grande família, um exército azul e conta com mais de 10 mil, mensageiras(os), está no auge, em crescimento e a partir dali começa de forma atrativa, uma espécie de santa concorrência de outros projetos, que vai atraindo e influenciando o sentimento de coordenações e mensageiras(os).

Em meados de 2017, parte das coordenações de setores da diretoria do movimento de capelinhas, começaram a questionar as doações feita pelas famílias nos cofres das capelinhas do movimento.

Segundo ás coordenações, ás mensageiras(os) estaria levando as doações nas reuniões geral do movimento, ou através de depósito em conta da arquidiocese, e estas doações, inclusive as vendas de camisetas, livros diretrizes e outras vendas, em prol das vocações, não chegava para formação dos futuros padres das congregações dos seminários religiosos.

No final de 2018, uma nova coordenação geral, assume o movimento e conhecendo o contexto, após ouvir as coordenações de setores, região, e visitar seminários, surpreende a todos e resolve colocar em prática o que diz: às diretrizes do movimento de capelinhas, para que as doações seja partilhada em igualdade entre os diversos seminários. religiosos e diocesanos.

De imediato a diretoria: formada de 15 coordenações de setores e 3 coordenações de regiões, formaliza junto ao Bispo, um plano de pesquisa, para saber quantas capelinhas estão em atividade na arquidiocese de Curitiba, com cofre e sem cofres, e qual é o número real de doações feito na reunião geral do movimento de capelinhas ou através de depósito na arquidiocese, para que as doações seja partilhada em igualdade entre os seminários religiosos e diocesanos, conforme rege as diretrizes do movimento de Nossa Senhora.

Em 2019, tem inicio em todas paróquias, o censo do movimento de capelinhas e antes de concluir a pesquisa, a coordenação geral: Sra.Carmen Brancaleone, é convidada a uma reunião particular, onde deixa o movimento de capelinhas. 

A secretaria oficial da diretoria do movimento de capelinhas, Sra.Vanessa Vieira de imediato, convoca uma reunião, para eleição da nova coordenação, entre ás 15 coordenações de setores e coordenações de região, para dar seguimento ao planejamento de trabalho de 2018.

Durante a reunião, se fizeram presentes padres da arquidiocese, onde um deles, sugeriu que não realizassem a eleição no momento, pois estava sendo apresentado naquele momento, uma coordenação interina no máximo até o fim de 2019, e segundo o padre a diretoria não tinha obrigação de aceitar, mais no momento por um breve tempo, até o final do ano, aceitassem, e depois no próximo ano, em assembleia a diretoria escolheria uma nova coordenação. 

As coordenações após participar da reunião, e tomar conhecimento, sentiram que estavam transformando o movimento em uma pastoral, com uma coordenação clericalizada imposta, e grande parte decidiu por afastar do movimento e chegou 2020 com a pandemia da COVID-19, um marco do triste tempo de exéquias.   

Parece que os esforços do Papa Francisco em reformar a cúria romana é como reformar a calvície, mais existe milagre...


Matéria: Tarcísio Cirino
02-08-2020

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