De nossa ótica refletindo o conceito de Deus, com o nascer e o pôr do sol, não existe o tempo, no entanto recentemente fiz uma provocação que rendeu dezenas de comentários em nossos sistemas, onde dizíamos que o Papa da Igreja do futuro será um catequista, pois o protagonista da evangelização desde a Igreja primitiva é o laicato, tendo em vista que Jesus foi um leigo.
Tempos atrás o telefone tocou e fui surpreendido pela coordenação de uma Paróquia, dizendo: amigo, precisamos de sua ajuda, pois o Padre está pesadão e precisamos de você que trabalha com marcenaria e estofados, que faça uma estrutura se possível de ferro para a cadeira suportar o peso.
Começamos o trabalho, tirando ás medidas, cortei o ferro e durante a fabricação e cromagem da estrutura da cadeira um filme ou imagens começou a passar diante de meus olhos.
Dois anos depois do pós missões 2000 em Curitiba, fazíamos parte da organização de um encontro formativo que tinha como objetivo, reunir todas lideranças paroquiais a nível de arquidiocese para uma formação de liturgia, se não me falha a memória em um período de 10 dias consecutivos, na Paróquia São José no bairro Capão Raso.
A equipe do clero arquidiocesano da formação era do meu ponto de vista à cima da média, e ao menos um deles merecia ter sido Bispo.
A irmã que ensinava o rito dos cânticos parece que hoje, trabalha no Santuário de Aparecida e os Padres estão por ai nas paróquias da arquidiocese.
Gostaria de citar os nomes para essa reflexão, mais não posso, quem sabe no futuro.
Um dos formadores em uma das últimas noites de formação, era um jovem padre novato na capital paranaense, ainda desconhecido, e no final da formação, todos foram saindo embora, e o Padre correu na frente e ficou no portão do redil de saída da Igreja.
De calça Jeans, jaqueta de couro, o Padre ficou ali na saída, com o olhar fixo para o céu ou nas estrelas da noite fria e quando fui saindo em meio às lideranças, percebi que o Padre estava sozinho, talvez porque era desconhecido e provoquei para um diálogo: E ai Padre você está perdidão ai o que aconteceu?
Padre: não é que moro na região metropolitana e como não conheço esta região, vim de carona e agora estou esperando a carona, mais estão demorando, vai que já foram embora, rsss, e ali no portão ficamos conversando enquanto todos foram saindo, indo embora.
Quando cheguei em casa e fui rezar o espirito impulsionou a pensar na acolhida e uma voz sussurrou ao meu ouvido: É preciso dar uma mão ao Espirito Santo.
Mais como dar uma mão ao Espirito Santo?
Mais tarde depois de participar de uma reunião na cúria, um amigo da época da Paróquia Santo Antônio, começou a falar em nossa roda de conversa, sobre à conversão da Igreja, e que as mudanças só aconteceria através do laicato, não esse laicato que fica só de organizar nos palácios esquemas de interesses dos tempos de eleição e sim através de nós cristãos católicos que temos como objetivo transmitir as próximas gerações a FÉ e para isso precisávamos nos unir como no silêncio de uma Igreja invisível e dar uma mão á comunicação nos organizando e articulando com os demais do laicato, com uma estratégia invisível de missão, pois a Igreja estava crescendo em "quantidades" mais sem a força do Espirito Santo.
Não temos como imaginar ás consequências de nossas ações para beneficiar a organização ou a estrutura, só sei que de nosso jeito, em nosso tempo, com boas estratégias, contribuímos na esperança da nova evangelização.
Dito isso, quando falamos do Espírito Santo, não estamos falando de uma concessionária onde muitos pensam ter o monopólio.
O Papa Francisco diz que os comunicadores precisam contar histórias, embora o meu português é horrível e poucos ou só os mais próximos compreendem, gosto de contar um pouco do que foi o inicio de nossas histórias no caminho.
E hoje porque nos persegue? A culpa é do Espírito Santo!
Nossa Reflexão: Tarcísio Cirino
O Espirito Santo é invisível, então é necessário que exista alguém que poça levá-lo até o coração das pessoas. É preciso que haja acolhimento.
ResponderExcluirInfelizmente
A catequese deve ser menos legalista e mais acolhimento.
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