segunda-feira, 14 de outubro de 2013

SEMINÁRIO EM CURITIBA PROPÔS CONVERSA ABERTA SOBRE O INICIO DA VIDA.


No dia 6 de outubro, último domingo, o auditório da biblioteca da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR foi o palco do 1° Seminário Arquidiocesano de Promoção e Valorização da Vida, organizado pela Arquidiocese de Curitiba. A proposta do seminário foi anunciar a cultura da vida e a criação humana como dom de Deus, em virtude da Semana Nacional da Vida, celebrada na primeira semana de outubro por toda a Igreja no Brasil.
Das 8h15 às 13h30, mais de 100 participantes e instituições que atuam com os olhos voltados para o desenvolvimento humano, conversaram e refletiram junto aos especialistas convidados sobre os conceitos biológico e antropológico relacionados com a vida embrionária, e sobre os dilemas da reprodução assistida.
A programação trouxe duas exposições. Uma delas com o Pe. José Rafael Solano, doutor em Teologia Moral, especialista em Bioética, professor da PUCPR (Campus Londrina) e assessor de Bioética do Regional Sul II da CNBB, que tratou do tema “Início da vida e dignidade do embrião humano”; e a outra com o professor Mário Antônio Sanches, doutor em Bioética e Teologia, mestre em Antropologia Social e coordenador do Mestrado em Bioética da PUCPR, que falou sobre “Bioética e reprodução assistida”, com a proposta de contextualizar o surgimento e evolução das técnicas de reprodução assistida em diálogo com a Bioética. 
Mário Sanches defendeu em sua palestra que a informação sobre o tema deve ser apresentada de maneira transparente e objetiva. “Os casais que buscam a reprodução assistida têm que ser conscientizados sobre todos os problemas inerentes à técnica. A decisão não pode ser tomada sem que se tenha a plenitude de informação”, aponta Sanches. “Um exemplo é a possibilidade de sobra de embriões fertilizados, que ficarão no laboratório. E se o casal alegar motivos de consciência para não aceitar essa possibilidade? Eles precisam saber desse risco”, destaca.
Para o padre José Rafael Solano, além do conceito biológico do embrião, deve ser levado em conta o antropológico. “O embrião possui a vocação à vida. O conceito de pessoa humana é mal compreendido e, por isso, temos na Bioética espaço para que todas as correntes discutam e avancem no estudo da vida”, disse.   
Durante o seminário ocorreu também o lançamento do livro “Bioética e Reprodução Assistida - Metaparentalidade”, escrito pelo palestrante do evento Mário Antônio Sanches. Na obra, ele trata de paternidade e maternidade, colocando em discussão o ato de ter filhos, que constitui um processo natural, privado e indefinido. Porém, com o surgimento das novas tecnologias de reprodução humana a realidade foi transformada. Para saber mais sobre o tema, entre em: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/blog-da-vida/.
Após as palestras, o seminário foi aberto ao debate com a mediação do Pe. Juarez Lopes Rangel, pós-graduado em Bioética e coordenador do Núcleo de Bioética  da Arquidiocese de Curitiba. 
Fonte- Letícia Pessoa.

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