Em tempos de tecnologias, ecologia, onde tudo está interligado, existe no povo de Deus, um sentimento e grande desejo de uma nova Igreja; mais para isso é preciso com honestidade fazer um exame de consciência sobre as práticas e o modo de viver a fé.
O Sínodo da Amazônia que está acontecendo em Roma, neste mês de outubro, é possível que abrirá uma janela para o catolicismo do século XXI e
indicará temas que estarão no centro do futuro conclave.
Os meios de
comunicação em especial as grandes mídias e até mesmo as mídias eclesiais, ocuparam-se pouco dele. Não é de se admirar?
O Sínodo não
tem poderes decisionais, e os seus documentos são genéricos, mas
é como durante a gravidez. As contrações revelam que o nascituro já
está a caminho, mesmo que o parto não seja iminente.
As
"contrações" no Sínodo se manifestam na forma de demandas insistentes com foco, para uma
Igreja em saída, humilde, crível, que finalmente dê um papel ao laicato, em especial daqueles que
esteja do lado dos pobres e combata as injustiças.
Na força da oração, o espírito do evangelho, nos impulsiona com a missão da Igreja, a lutar pelas vocações na família para que tenhamos muitos missionários na vinha do Senhor, trabalhando pela dignidade humana e pela justiça, combatendo as
desigualdades sociais, violência, injustiças e favoreça a cultura da solidariedade e no plano
interno, trabalhar pela questão de uma desclericalização, pois a Igreja de
amanhã, se regerá sobretudo sobre a vitalidade de "pequenas
comunidades", pois a paróquia não é mais suficiente (e não há nem padres
suficientes no contexto da casa em comum).
No futuro já próximo – como no início do cristianismo – é confiado a
grupos de fiéis convictos e dinâmicos. O novo protagonista da evangelização será o leigo, uma leiga capazes de levar a
palavra de Deus à sociedade globalizada, e este protagonismo será conhecido e chamado de "ministério eclesial", sendo o ponto
culminante do processo reformador que fortalecera as novas gerações da Igreja em saída.
Texto: Tarcísio Cirino
18-10-2019
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