sábado, 20 de junho de 2020

O PAPA SAMARITANO SAIU DO VATICANO PARA SE DESPEDIR.


Bento XVI, com 93 anos, vivia discretamente, no Mosteiro Mater Ecclesiae, desde 2013 quando renunciou no Vaticano, o seu pontificado, e na última quinta-feira (18), o Papa emérito, voltou a ser notícia no mundo, com a viagem, por tempo indeterminado a Regensburg na Alemanha, para cuidar da saúde de seu irmão Georg Ratzinger 96 anos, que também é padre, e ficara hospedado no seminário diocesano, sendo acompanhado de seu secretário particular o Dom Georg Ganswein, um médico, uma enfermeira, e o vice comandante da segurança das forças do Estado do Vaticano.  

O Papa teólogo, é possível que permanecera na história, como o Bispo de Roma, estrategista, que soube com humildade renunciar o poder, fazendo em vida, um sucessor humilde e realizando "profecias", que contribuirá e muito, para o futuro do laicato e do clero, com a volta as origens, para a reconstrução da Igreja. 

Se uma parte da chamada alas da Igreja, não simpatizava com Bento XVI, as suas ações na história, no contexto do tempo, mostra que o alemão Ratzinger, desde a juventude, tinha uma visão profética do futuro do cristianismo, que parece não ter mudado.

De nosso ponto de vista, a chave de leitura do seguimento cristão católico, para compreendermos as pandemias na casa comum, que estamos vivenciando nos dias atuais, pode ser encontrado, iluminado, através do influente jovem teólogo Ratzinger, que após a conclusão do Concilio Vaticano II, se refugia  na arte de ensinar, em Regensburg, não concordando com parte dos teólogos do clero. 

Comunicando seu pensamento em programas de rádio, transmitido pela Hessian Rundfunk no dia de Natal 1969, e pouco conhecido pelo público dos dias atuais, e republicados pela Ignatius Press na publicação "Faith ant the future" , Ratzinger  mostra a sua visão profética, sobre o futuro do homem e da Igreja no cristianismo.

Joseph Ratzinger, estava convencido e afirmava que a Igreja, estava vivendo um tempo, semelhante ao que seguiu o iluminismo, revolução francesa, e estamos vivendo um tempo de mudança da idade média para a modernidade.

O futuro Papa Bento XVI, explicava que a Igreja atual estava transformando o clero ou melhor os padres em assistentes sociais de uma obra politica.

Ratzinger, afirmava em seu tempo, que da crise atual da Igreja,  surgirá no futuro, uma Igreja que terá perdido muito, restando um pequeno rebanho, que não será mais capaz de morar nos palácios ou prédios, que construiu no martírio em tempos de santidade, prosperidade, e perderá os investimentos feito para ter privilégios sociais e políticos. 

A Igreja voltara as origens, e recomeçara através de pequenos grupos, movimentos, que recolocará a fé no centro da experiência pessoal, sendo uma Igreja mais espiritual, mais santa, que não pleiteara esquemas de mandato politico, namorando ora com os interesses da esquerda e ora com os interesses da direita.

O futuro Papa Bento XVI, afirmava que no futuro a Igreja será pobre e se tornará a Igreja dos indigentes.

Irmãos do seguimento cristão, o Papa Francisco e o Papa emérito Bento XVI, trabalha juntos, em harmonia, na modernidade, construindo através do amor, uma Igreja que viva na carne o evangelho de Jesus Cristo, rumo ao reino definitivo. 

Matéria Reflexão: Tarcísio Cirino
20-06-2020

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