domingo, 1 de dezembro de 2019

82 ANOS DO MOVIMENTO DE CAPELINHAS.

Veículo da Missão: Muito já-se falou desde sua gêneses e escreveu sobre o carisma do apostolado das capelinhas ou movimento de Nossa Senhora das capelinhas, fazendo as zeladoras, mensageiras e mensageiros conhecidos com sua espiritualidade no serviço da construção do reino de Deus, através da Igreja doméstica em prol das necessidades espirituais e materiais das vocações sacerdotais e religiosas.

Com está matéria neste ano em que o movimento de capelinhas, comemora 82 anos de história em Curitiba e 50 anos do primeiro congresso do movimento a nível mundial, não temos a pretensão de fazer uma leitura da conjuntura eclesial e geopolítica do momento atual, e sim levar ao leitor uma reflexão para seu conhecimento a você que está no futuro, para que conheça um pouco da caminhada do movimento de Nossa Senhora no passado e com a força da oração, saiba discernir no presente o que a palavra de Deus fala em sua consciência em seu coração. 

 
A Igreja de antes do Concílio Vaticano II, estava organizada em uma espécie de estrutura piramidal onde em cima da pirâmide ficava o clero e em baixo da pirâmide ficava os escravos.

Aqueles que estavam em baixo da pirâmide os escravos tinham a função de apenas obedecer os concessionários da verdade em suas necessidades. 

Após o Concilio Vaticano II, aconteceu uma mudança de paradigmas e a pirâmide inverteu e aqueles que estavam em baixo foi para cima e passaram a ser chamado Povo de Deus.

Os movimentos começam a ter uma nova configuração e foram atualizando e se formando em um contexto externo a Igreja local em forma de células interligadas em um corpo bem organizado e através de uma estrutura piramidal organizado de baixo para cima, foram inovando e atuando nas periferias dentro das Paróquias, pois o movimento é uma ação do laicato, que pode através de assembleia se organizar e envolver-se nos serviços da ação pastoral em prol do bem comum.

Particularmente não gosto muito da palavra formação pois nos dá a impressão que entramos em uma forma de assar pão e temos que sair da forma iguais, no jeito de pensar, falar, vestir; no entanto muitos trabalhadores chegaram a vinha do Senhor no final da tarde com 35/40/50 anos ou mais e sem uma catequese de adulto aprofundada para fazer parte do seguimento cristão, foram se incorporando em uma Pastoral ou movimento através das formações e adequando o conhecimento através das diretrizes e outros estudos de documentos, sem aprofundar um estudo básico de teologia com a experiência do encontro com a pessoa de Jesus e outras disciplinas da teologia, que com a força do corporativismo se tornaram presas do clericalismo.

Com muitos na UTI, o movimento de capelinhas começou a ter um trabalho fundamental no processo de evangelização, pois nascem e se formam em um contexto externo da Igreja local e com pessoas de uma mesma espiritualidade, se enraízam no chão das comunidades, crescem e dão muitos frutos.

É dentro de um contexto de estagnação, e motivada pela primavera do Concilio Vaticano II, que a Presidente do Movimento de Capelinhas da arquidiocese de Curitiba, Sra.Eddy S.Caprilhone, percebe que através da ação do clero o movimento está se transformando em uma pastoral muito restrita e trabalhando só para as necessidades do clero e isso está enfraquecendo a identidade e envelhecendo a estrutura do apostolado que pode levar a falência.

A Sra.Eddy S.Caprilhone toma a iniciativa de conversar com o arcebispo Dom Manoel da Silveira D'Elboux, levando a seu conhecimento a problemática e pede a sua bênção para iniciar visita as Paróquias e começar a missão do apostolado das capelinhas.
Segue a baixo a transcrição de parte da fala da primeira Presidente do Movimento de Capelinhas. 

Eddy S. Caprilhone: Quando assumimos em 29 de fevereiro de 1968 com Dom Manoel da Silveira D'Elboux, a missão de reorganizar o movimento da visita domiciliaria de Nossa Senhora da arquidiocese de Curitiba, organizamos um plano de visitas as Paróquias onde este movimento religioso criado a mais de trinta anos estava em fase de estagnação e tinha caído na rotina natural o apostolado, por falta de estimulo e motivação.

Porém a devoção a Nossa Senhora, e o amor a Mãe do Céu que é o maior tesouro do coração do verdadeiro cristão é sempre a força que realiza o milagre.

Dos primeiro encontros com as pessoas responsáveis por este movimento nas Paróquias, sentimos que liderávamos uma campanha vitoriosa e surgiram ideias, e estudou-se programas e deu se inicio a um apostolado mais atual.

A dedicação das senhoras zeladoras, o estimulo dos senhores vigários e o carinho constatado de nosso Pastor o Senhor arcebispo, fizeram com que em pouco tempo este movimento figurasse como um dos de mais comunicação e penetração nas massas, e atualmente quase todas as Paróquias possuem este apostolado, organizado, que representa uma força atuante.

Não se pode ainda imprimir um roteiro único de trabalho, pois a diversidade do apostolado nas Paróquias e a orientação dada pelos senhores vigários, varia de bairro para bairro; porém sem afetar o espírito da devoção que é a visita as famílias devotas de Nossa Senhora, numa renovação constante e feliz, daquele encontro maravilhoso que o santo evangelho narra e que tanto fala ao nosso coração de Maria e sua prima Santa Izabel.

Além das campanhas da fraternidade do Natal da criança necessitada e outros âmbitos diocesano o apostolado é uma força viva de união em torno dos interesses do maior e melhor entrosamento dos leigos na realização do plano Pastoral Paroquial.

Veículo da Missão: Na última década as últimas assembleias com a Missa em ação de graças pelo aniversário do movimento capelinhas até as comemorações de 80 anos, precisou de um local amplo de acolhimento com grande espaço, pois a média de participação só de mensageiras(os) de capelinhas da arquidiocese de Curitiba, ficava em torno de 2.500 a 3.500 mensageiras(os) de capelinhas, sendo que grande parte das mensageiras(os) ficava fora do templo por falta de espaço no local, conforme podemos visualizar no vídeo a baixo.

Neste ano 2019, a Paróquia Santa Madalena Sofia Barat, está em festa com o movimento, sendo anfitriã para as comemorações dos 82 anos, com a Santa Missa ás 14h00 presidida pelo Senhor arcebispo: Dom José Antônio Peruzzo, no sábado dia 26 outubro.
Pela primeira vez na história do movimento, além das mensageiras(os) de capelinhas, está sendo convidado também as famílias que recebem as capelinhas nas Paróquias a também participar do aniversário com a Santa Missa, conforme o convite a baixo, que aumentará bastante a participação do povo de Deus na Santa Missa.
 
Matéria: Tarcísio Cirino
06-10-2019

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