domingo, 11 de dezembro de 2022

NOSSA SENHORA E O TEMPO DE ADVENTO.

Quando me disseram de aparições de Nossa Senhora, com mensagens que fortalece manifestações politicas, fiquei pensativo e fui visualizar e quando lá cheguei, fiquei chocado em visualizar conhecidos em meio á línguas estranhas, orações do terço, com lamentações em muros de quartel, onde esses; "acreditam estar no caminho, contribuindo no processo da salvação". 

Sinto que o tema seria fruto para uma reflexão com Padres que tem interesse em catequese, no entanto de minha parte como leigo, em síntese, vou  provocá-los a despertar, não ficar, embarricado nas sacristias, em tempos onde o espirito do advento, balança o barco em rumo as periferias da Igreja doméstica.

Israel não era uma nação independente e a Judéia era província do Império Romano, e Roma empunhava suas diretrizes(Leis), mais era tolerante com os países, conquistados, desde que na condição de colônia não se rebelasse, contra as "leis do Império Romano" e diante do contexto o Sinédrio de Jerusalém, funcionava como um sistema de representação, Jurídico, Político, Religioso.

O templo com sua imponente liturgia, tinha perdido o monopólio, e por interesses, religiosos políticos, conseguia unir interesses da suprema corte; fariseus, saduceus, essênios, zelotes, Galileus, herodianos, publicanos, escribas, e outras seitas ou movimentos
Os sacerdotes nomeados, segundo, a "velha lei", tinha autoridade diante do povo, mais as suas palavras, não tinha credibilidade.

A estrutura religiosa da conjuntura social do tempo de Jesus é muito organizada e grande parte de suas diretrizes é semelhante ao que conhecemos na conjuntura atual da teologia da prosperidade "milagres".

É dentro desta estrutura religiosa, dependente do império (estado) que aparece o último dos profetas, preparando o povo, através do batismo de conversão, para a boa noticia do enviado de Deus, que está para chegar.

Certo dia, enquanto o Batista, pregava o batismo, este, viu o missionário do Pai, caminhando ao encontro das águas do batismo e João diante da multidão e observadores do Sinédrio, diz: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (o mal).

Jesus, entra no rio Jordão e vai até João, para também receber o batismo.

João Batista, não compreende atitude de Jesus, e diz: "Eu é quê devo ser batizado, por ti e tu vens a mim?
Jesus, fala; "Deixa agora, pois convém que assim cumpramos, toda a justiça".

Ao ministrar o batismo, o céu se abriu e o "Espírito, desceu sobre Jesus e uma voz do céu, diz: "Tu és o filho amado, de ti, Eu bem me agrado".

No pós batismo, Jesus é conduzido pelo espirito ao deserto e o representante do sinédrio vai ao monte para apresentar sua força e seu projeto de poder, riquezas e tentar Jesus a fazer parte do corporativismo daquele mundo.

Amigos, naquele tempo o evangelista, não podia falar as claras, pois diante das forças do império, era muito perigoso  e corria se o risco dos catecúmenos não sobreviver e a boa noticia do reino de Deus, não atravessar o advento dos séculos e não chegar o evangelho ao nosso tempo e assim as tentações de Jesus foi atribuída a personificação do mal o diabo que de fato existe, é real.

A festa de Nossa Senhora de Guadalupe, é um momento oportuno de esperança no processo de conversão para nos conscientizar que temos uma advogada, Mãe de nosso irmão Jesus Cristo e também nossa Mãe, que certamente não está feliz, com seu nome sendo usado para fins políticos, que em nada, contribui na construção do reino de Deus. 

Eis ai uma boa reflexão para esse tempo de advento. Pense Nisso!


Nossa Reflexão: Tarcísio Cirino