segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"48° Dia Mundial das Comunicações Sociais" Na integra a palavra do Papa Francisco.



O Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais publicou a Mensagem do Santo Padre Francisco aos comunicadores, que comemoram seu patrono, São Francisco de Sales, em 24 de janeiro.

A 48ª edição do Dia Mundial das Comunicações Sociais será em 1º de Junho de 2014 e terá como tema "Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro". Leia a íntegra da mensagem:

"Queridos irmãos e irmãs,

Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.

Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.

No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.

Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.

Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».

Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.

Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.

Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efectiva e afectivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.

O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (BENTO XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.

Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria. A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus".

Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ACONTECE HOJE ÁS 20 HORAS, MISSA NA AREA DE MISSÃO, NOSSA SENHORA APARECIDA, PARTICIPE!!

Esta agendado para hoje, dia 13 Fevereiro ás 20 horas Missa,
na rua: Luis Carlos Cardoso n° 103 do lado do n°119, casa da Sra.Maria Nilma,
no Jardim Califórnia, 

Obs: Estamos organizando o calendário de Missa, nas AM
a partir do mês de Março 2014; Sendo toda a 1° Quarta Feira do mês
e toda a 3° Quarta Feira do mês, conforme planejamento já informado.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PAPA FRANCISCO É PRECISO CURSO DE TEOLOGIA!

Quatro modos de crer, para refletir sobre o verdadeiro testemunho do cristão. Na missa da manhã desta terça-feira, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco se inspirou nos personagens presentes nas Leituras do dia para enfatizar que a novidade trazida por Jesus é o amor de Deus por cada um de nós. Então, chamou a atenção para os comportamentos hipócritas ou legalistas que afastam as pessoas da fé.

Papa Francisco se deteve em sua homilia sobre quatro modelos de crentes, inspirados nas Leituras do dia: Jesus, os escribas, o sacerdote Eli e seus dois filhos, também esses sacerdotes. O Evangelho, observou ele, nos diz qual era “o comportamento de Jesus em sua catequese”, “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”. Os escribas, afirmou, “ensinavam, pregavam, mas colocavam nos ombros das pessoas muitas coisas pesadas, e a pobre gente não podia ir para frente”.

“E o próprio Jesus disse que eles não moviam essas coisas nem mesmo com um dedo, não? E, depois, disse às pessoas: “Façam o que eles dizem, mas não o que eles fazem! '. Pessoas incoerentes... Esses escribas, esses fariseus, comportavam-se como se batessem nas pessoas, certo? Vocês devem fazer isso, isso e isso, diziam às pobres pessoas... E Jesus disse: ‘Mas, assim vocês fecham – disse a eles! - a porta do Reino dos Céus. Não os deixam entrar, e nem vocês podem entrar!'. É uma forma, uma maneira de pregar, de ensinar, de dar testemunho da própria fé... E há muitos que pensam que a fé é algo assim...

Na Primeira Leitura, tirada do Livro de Samuel, - disse em seguida o Papa -, encontramos a figura de Eli, “um pobre sacerdote, fraco, morno” que “deixava os seus filhos fazerem tantas coisas desagradáveis”. Eli estava sentado em frente a uma coluna do Templo do Senhor e olhava para Ana, uma senhora, “que rezava ao seu modo, pedindo um filho”. Esta mulher, disse Francisco, “rezava como rezam as pessoas humildes: de modo simples, mas com o coração, com angústia”. Ana “movia os lábios”, como fazem “tantas boas mulheres nas nossas igrejas, nos nossos santuários”. Rezava “e pedia um milagre”. E o idoso Eli a observava e dizia: “Mas, essa mulher é uma bêbada!” e a “desprezou”. Ele, advertiu o Papa, “era o representante da fé, o líder da fé, mas o seu coração não via bem e desprezou essa mulher”:

“Quantas vezes o povo de Deus se sente não amado por aqueles que devem dar testemunho: pelos cristãos, pelos cristãos leigos, pelos sacerdotes, pelos bispos... ‘as pessoas pobres não entendem nada ... devem fazer um curso de teologia para entender bem'. Mas, por que eu tenho certa simpatia por este homem? Porque no coração ainda tinha a unção, porque quando a mulher lhe explica sua situação, Eli disse: “Vai em paz, e o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu’. Vem para fora a unção sacerdotal: pobre homem, ele a tinha escondido dentro, na sua preguiça... é um morno. E, depois, termina mal, pobre homem”.

Seus filhos, prosseguiu Francisco, não são vistos na passagem da Primeira Leitura, mas eram eles que administravam o Templo, “eram malfeitores. “Eles eram sacerdotes, mas malfeitores”. “Buscavam o poder, buscavam dinheiro - disse o Papa - exploravam as pessoas, se aproveitavam das esmolas, dos presentes” e o “Senhor os castiga duramente”. Esta, observou o Pontífice, “é a figura do cristão corrupto”, “do leigo corrupto, do padre corrupto, do bispo corrupto, que se aproveita da sua situação, do seu privilégio da fé, de ser cristão” e “o seu coração acaba corrupto”, como aconteceu com Judas. De um coração corrupto, prosseguiu Francisco, vem “a traição”. Judas “trai Jesus”. Os filhos de Eli são, portanto, o terceiro modelo de crente.

E depois há o quarto, Jesus, e sobre ele as pessoas dizem: “Ele ensina como quem tem autoridade: este é um ensinamento novo!” Mas onde está a novidade, se pergunta o Papa Francisco? É “o poder da santidade”, “a novidade de Jesus é que, traz consigo a Palavra de Deus, a mensagem de Deus, isto é o amor de Deus por cada um de nós”. Jesus, reiterou o Santo Padre, “aproxima Deus das pessoas e para fazer isso Ele se aproxima: está perto dos pecadores”. Jesus, recordou ainda, perdoa a mulher adúltera, “fala de teologia com a Samaritana, que não era um anjinho”.

Jesus, explicou ainda, “olha para o coração das pessoas, Jesus se aproxima do coração ferido das pessoas. A Jesus só interessa a pessoa, e Deus”. “Jesus quer que as pessoas se aproximem, que o busquem e se sente emocionado quando a vê como uma ovelha sem pastor”. É por todo esse comportamento que “as pessoas dizem: “mas este é um novo ensinamento!” Não, observou o Papa, “não é novo ensinamento: a maneira de fazê-lo é nova. É a transparência evangélica”:

“Peçamos ao Senhor que estas duas leituras nos ajudem em nossas vidas como cristãos. Cada um no seu lugar. A não sermos legalistas puros, hipócritas como os escribas e os fariseus. A não sermos corruptos como os filhos de Eli. A não sermos mornos, como Eli, mas a sermos como Jesus, com o zelo de buscar as pessoas, de curar as pessoas, de amar as pessoas, e assim dizer: ‘Mas, se eu faço isso tão pequeno, imagine como Deus nos ama, como é nosso Pai!. Este é o ensinamento novo que Deus pede a nós. Vamos pedir essa graça”.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu nesta madrugada, a Sra. VIRGINIA SPISLA WOSCH.
Dna Virginia é mãe da Denise, e irmã da Sílvia, Secetárias da Paróquia Santa Cândida.
Foi membro do Apostolado da Oração e Mensageira de Capelinha.
Seu sepultamento, com missa de corpo presente, dar-se-á pelas 16h45, no Cemitério de Santa Cândida .