sexta-feira, 18 de março de 2022

IGREJA CORRE O RISCO DE PERDER O CORAÇÃO DO EVANGELHO.

É possível que o crescimento de protestantes, evangélicos, pentecostais , levou, padres conciliares a se preocupar com os fundamentos da fé, visualizando, o processo de conversão da conjuntura eclesial, que em passos estratégicos, sinalizou, a urgência da Pastoral da animação bíblica, evitando, entrar na linguagem devocional e mística que em tempos de nossos antepassados, contribuiu por séculos, na catequese da transmissão da FÉ. 

Em meio a Constituição Dogmática Dei Verbum o concílio parece que evitou a expressão "Sagrado Coração" pois ficou ausente dos documentos conciliares e do catecismo da Igreja Católica e assim a devoção foi perdendo o chão em muitas comunidades eclesiais. 

No pós concílio o ativismo religioso foi trabalhando o que tinha no momento e foi se utilizando dos movimentos marianos, apostolado da oração, etc, para promover agentes para o surgimento de novas Pastorais e com isso é possível que sem perceber, foram, inviabilizando o crescimento de movimentos eclesiais que tiveram origem antes do Concílio Vaticano II.

Um exemplo concreto de visualizar e compreender essa realidade e suas consequências, hoje, é um olhar para a última década e se não fosse a forte atuação e motivação do Papa Francisco no Apostolado da Oração com o marketing da Rede Mundial de Oração do Papa o (AO) que estava reduzido a um pequeno grupo de anciãos em poucas paróquias, poderia o apostolado antes da pandemia ter falecido.

É fato e podemos testemunhar que quando associações ou movimentos, envelheceram por falta de motivação e não se renovaram, "levaram" como que em um efeito dominó as pastorais para a UTI, pois essas pastorais por vezes só possuíam a "coordenação" para existir em uma reunião pastoral ou paroquial e seus agentes anciãos, em sua maioria, pertenciam aos movimentos eclesiais.

O saudoso movimento de capelinhas: foi um dos grandes movimentos de leigos da Igreja do Brasil, atuando em prol das vocações e seminários em suas necessidades materiais e espirituais, que de acordo com pesquisas publicadas em revista de circulação na Europa e na América, só na arquidiocese de Curitiba o movimento de capelinhas até 2017, arrecadava aproximadamente: US$ 500.000 dólares ou cerca de 1,5 milhão de reais, por ano, na época, conforme nos mostra a pesquisadora da PUC: Pontifícia Universidade Católica do Chile, que você pode clicar AQUI e visualizar a pesquisa na integra.  

De nossa parte nas últimas décadas, muitas vezes na cobertura de eventos, fazendo imagens de ordenação sacerdotal ou episcopal, por vezes, visualizei pela lente da câmera as lágrimas nos olhos das mensageiras(os) do Coração Imaculado de Maria que gastaram a vida, para manter seminários, seminaristas e na hora dos agradecimentos ou das fotos, só gostariam de ser lembrados, e por vezes, aquele que foi ordenado se lembrava de todos as vezes até dos políticos da comunidade e não se lembrava das pobres viúvas mensageiras(os) que tanto se dedicaram para que os seminários tivessem recursos materiais e espirituais para a formação e ordenação do Padre.

Em tempos de Campanha da Fraternidade 2022 que tem como tema: Fraternidade e educação eis ai, uma boa reflexão para que a Igreja não corra o risco de perder os frutos da figueira do Coração do Evangelho.

Matéria Reflexão: Tarcísio Cirino


domingo, 6 de março de 2022

GUERRA NA QUARESMA E A DERROTA DO DIABO.

Israel não era uma nação independente e a Judéia era província do Império Romano e Roma empunhava suas diretrizes(Leis), mais era tolerante com os países, conquistados, desde que na condição de colônia não se rebelasse, contra as "leis do Império Romano" e diante do contexto o Sinédrio de Jerusalém, funcionava como um sistema de representação, Jurídico, Político, Religioso.

O templo com sua imponente liturgia, tinha perdido o monopólio, e por interesses, religiosos políticos, conseguia unir; fariseus, saduceus, essênios, zelotes, Galileus, herodianos, publicanos, escribas, e outras seitas ou movimentos.
Os sacerdotes nomeados, segundo, a "velha lei", tinha autoridade diante do povo, mais as suas palavras, não tinha credibilidade.
A estrutura religiosa da conjuntura social do tempo de Jesus é muito organizada e grande parte de suas diretrizes é semelhante ao que conhecemos na conjuntura atual: "Teologia da Prosperidade."
É dentro desta conjuntura social, religiosa, dependente do império (estado) que aparece o último dos profetas, preparando o povo, através do batismo de conversão, para a chegada do messias.
Certo dia, enquanto o Batista, pregava o batismo, este, viu o missionário do Pai, caminhando ao encontro das águas do rio Jordão e João diante da multidão e observadores do Sinédrio, diz: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (o mal).
Jesus, entra no rio Jordão e vai até João, para também receber o batismo.
João Batista, não compreende atitude de Jesus, e diz: "Eu é quê devo ser batizado, por ti e tu vens a mim?
Jesus, fala; "Deixa agora, pois convém que assim cumpramos, toda a justiça".
Ao ministrar o batismo, o céu se abriu e o "Espírito, desceu sobre Jesus e uma voz do céu, diz: Tu és o filho amado, de ti, Eu bem me agrado".
No pós batismo, Jesus é conduzido pelo espirito ao deserto e o representante do sinédrio vai ao monte para apresentar sua força e seu projeto de poder, riquezas e tentar Jesus a fazer parte do corporativismo daquele mundo.
Amigos, naquele tempo o evangelista, não podia falar as claras, pois diante das forças do império, era muito perigoso  e corria se o risco dos catecúmenos não sobreviver e a boa noticia do reino de Deus, não atravessar os séculos e não chegar o evangelho ao nosso tempo e assim as tentações de Jesus foi atribuída a personificação do mal o diabo que de fato existe, é real.
Em nosso tempo, pregadores de vídeos remunerados na torre dos condomínios das redes sociais dizem que o diabo é mentiroso e não tinha e não tem poder.. Será? 
Eis ai uma boa reflexão para esse tempo de quaresma..
Jesus, ao escolher a sua equipe de trabalho, "Vem Segue Me", leva seus discípulos, para sua escola de formação para uma profunda reflexão, abrindo os olhos de cegos e quem dorme, para conhecer na prática, no deserto, a triste realidade da estrutura religiosa na conjuntura social, que vai culminar no projeto da salvação.
Nossa Reflexão: Nos próximos domingo do tempo de quaresma, vamos de forma pedagógica ajudando você a conhecer Jesus de Nazaré e sua missão. 

Matéria Reflexão: Tarcísio Cirino