sábado, 30 de abril de 2011
PADRE ORDENADO PELO SAUDOSO PAPA JOÃO PAULO II CELEBROU MISSA EM SANTA CÂNDIDA.
Na manhã deste Domingo de Ramos; Pe.Luís ordenado sacerdote pelas mãos do saudoso Papa João Paulo II, celebrou a Missa de Ramos, na Igreja Matriz Santa Cândida, bastante entusiasmado; Pe.Luís durante a homilia fez uma béla reflexão sobre a Liturgia deste Domingo; Pe.Luís colocou que precisamos todos nós sermos pessoas humildes, assim como foi os profetas os apóstolos, os santos que não éra pessoas que adivinhava as coisas mais era pessoas iluminadas por Deus, que souberam transmitir em seu tempo a vontade de Deus; E durante estas 5 semanas desde a Quarta Feira de Cinzas muitos personagens humildes como os profetas os apóstolos,os santos nos convida também a sequilos e sermos pessoas humildes; E com esta celebração de Domingo de Ramos, onde entramos na semana Santa, e deparamos com vários personagem somos convidados a repensar o que mudou em nós nestes 40 dias que nos preparamos para a Pascoa! Será que de fato ouve uma mudança em nós ou será que continuamos a ser as mesmas pessoas de antes; No momento mais difícil de Jesus, todos o abandonaram, somente Maria e o dissipulo amado, permaneceu ali junto de Jesus; Os outros dissipulos com medo fugirão! Judas traiu Jesus! E agora nós hoje também somos convidados a pensar em qual destes personagem nós nos identificamos! Interessante que muitos busca os sacramentos mais quando o padre fala da confissão, parece que muitos de nós não damos testemunho de sermos bons Cristãos Católicos.
Na manhã deste Domingo de Ramos; Pe.Luís ordenado sacerdote pelas mãos do saudoso Papa João Paulo II, celebrou a Missa de Ramos, na Igreja Matriz Santa Cândida, bastante entusiasmado; Pe.Luís durante a homilia fez uma béla reflexão sobre a Liturgia deste Domingo; Pe.Luís colocou que precisamos todos nós sermos pessoas humildes, assim como foi os profetas os apóstolos, os santos que não éra pessoas que adivinhava as coisas mais era pessoas iluminadas por Deus, que souberam transmitir em seu tempo a vontade de Deus; E durante estas 5 semanas desde a Quarta Feira de Cinzas muitos personagens humildes como os profetas os apóstolos,os santos nos convida também a sequilos e sermos pessoas humildes; E com esta celebração de Domingo de Ramos, onde entramos na semana Santa, e deparamos com vários personagem somos convidados a repensar o que mudou em nós nestes 40 dias que nos preparamos para a Pascoa! Será que de fato ouve uma mudança em nós ou será que continuamos a ser as mesmas pessoas de antes; No momento mais difícil de Jesus, todos o abandonaram, somente Maria e o dissipulo amado, permaneceu ali junto de Jesus; Os outros dissipulos com medo fugirão! Judas traiu Jesus! E agora nós hoje também somos convidados a pensar em qual destes personagem nós nos identificamos! Interessante que muitos busca os sacramentos mais quando o padre fala da confissão, parece que muitos de nós não damos testemunho de sermos bons Cristãos Católicos.
MISSA DE PASCOA EM SANTA CÂNDIDA
SEXTA FEIRA SANTA DA PAIXÃO DO SENHOR JESUS EM SANTA CÂNDIDA.
domingo, 24 de abril de 2011
Catarina Mãe Tarcisio e Davi. |
sábado, 23 de abril de 2011
NA VIGILIA PASCAL PAPA BENTO XVI DIZ QUE A IGREJA É MAIS DO QUE UMA ASSOCIAÇÃO!
Cidade do Vaticano, 23 abr 2011 (Ecclesia) – Bento XVI presidiu hoje no Vaticano à celebração da Vigília Pascal, que assinala a ressurreição de Cristo, afirmando que a Igreja “não é uma associação qualquer que se ocupa das necessidades religiosas dos homens”.
Numa celebração marcada por vários gestos simbólicos, como uma procissão iniciada na escuridão em que se vão, progressivamente, acendendo luzes e velas, o Papa disse aos fiéis presentes que “a vida na fé da Igreja não abrange somente o âmbito de sensações e sentimentos e porventura de obrigações morais”.
“Não, a Igreja leva o homem ao contacto com Deus e, consequentemente, com o princípio de tudo. Por isso, Deus tem a ver connosco como Criador, e por isso possuímos uma responsabilidade pela criação”, precisou.
Como fizera em anos anteriores durante a Semana Santa, Bento XVI concentrou parte da sua homilia na ideia de que o universo e os seres humanos não são fruto do acaso.
“Na origem de todas as coisas, não está o que é sem razão, sem liberdade; pelo contrário, o princípio de todas as coisas é a razão criadora, é o amor, é a liberdade”, indicou.
“Encontramo-nos aqui perante a alternativa última que está em jogo na disputa entre fé e incredulidade: o princípio de tudo é a irracionalidade, a falta de liberdade e o acaso, ou então o princípio do ser é razão, liberdade, amor?”, questionou ainda.
Para Bento XVI, “se o homem fosse apenas um tal produto casual da evolução num lugar marginal qualquer do universo, então a sua vida seria sem sentido ou mesmo um azar da natureza”.
O Papa comentou os relatos bíblicos da criação do universo, precisando que os mesmos – contidos no livro do Génesis – não querem ser “uma informação sobre a realização exterior da transformação do universo e do homem”.
“Bem cientes disto estavam os Padres da Igreja, que entenderam este relato não como narração real das origens das coisas, mas como apelo ao essencial, ao verdadeiro princípio e ao fim do nosso ser”, frisou.
Bento XVI apresentou ainda uma reflexão sobre a ressurreição de Jesus e a mudança do dia de celebração, na comunidade cristã primitiva, do sábado para o domingo: “Este processo inovador, que se deu logo ao início do desenvolvimento da Igreja, só se pode explicar com o facto de ter sucedido algo de inaudito em tal dia.”.
“O mundo tinha mudado. Aquele que estivera morto goza agora de um vida que já não está ameaçada por morte alguma. Fora inaugurada uma nova forma de vida, uma nova dimensão da criação”, disse.
A Igreja, acrescentou o Papa, celebra “o primeiro dia”, lembrando “Deus, o Criador, e a sua criação”.
“E celebramos o Deus que Se fez homem, padeceu, morreu, foi sepultado e ressuscitou. Celebramos a vitória definitiva do Criador e da sua criação”, afirmou ainda.
A Vigília Pascal é a celebração mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica, dando início ao tempo da Páscoa, que se prolonga durante 50 dias.
UM DOS BLOG CATÓLICO MAIS VISITADO NO BRASIL!
Pensou em Noticias da Igreja! Pensou Missionários em Ação! http://www.missoespopulares.blogspot.com/ JUNTO CONOSCO MAIS DE UMA CENTENA DE BLOG ESPARRAMADO NO MUNDO!
PAPA BENTO XVI FALA NA TV SOBRE SOFRIMENTO E RESSUREIÇÃO ( VALE A PENA CONFERIR )
O Papa Bento XVI respondeu a sete perguntas em um programa da televisão estatal italiana RaiUno na Sexta-Feira Santa, 22. A edição especial do programa levou o nome de "O Papa responde" e foi inédita na história do Papado.
Primeira pergunta - crianças e sofrimento
Foi formulada por uma menina japonesa de sete anos, chamada Elena, sobre o sentido da dor com base na vida e nos ensinamentos de Jesus, tendo como pano de fundo o terremoto e o tsunami que golpearam o país asiático. Filha de pai italiano, Elena estava no Japão durante o terremoto, viu morrer muitas crianças e ainda está assustada. "Por que devo ter tanto medo? Por que as crianças devem ter tanta tristeza? Peço ao Papa, que fala com Deus, para explicar-me", pediu.
O Papa respondeu com docilidade à indagação da menina, dizendo que também ele se faz perguntas como essa e que nós não temos as respostas, "mas sabemos que Jesus sofreu como vós, inocente, que o Deus verdadeiro que se mostra em Jesus está do vosso lado. Isso me parece muito importante, ainda que não tenhamos as respostas, se permanece a tristeza: Deus está do vosso lado, e estais seguros de que isso vos ajudará. E um dia poderemos também compreender por que foi assim. Nesse momento parece-me importante que saibais: 'Deus me ama', também se parece que nem me conheça. Pelo contrário, ele me ama, está do meu lado", disse.
Bento XVI explicou para Elena que um dia será possível compreender que os sofrimentos não foram em vão, vazios, mas que por trás deles há um projeto bom, de amor. "Assegurai-vos de que nós estamos contigo, com todas as crianças japonesas que sofrem, desejamos auxiliar-vos com a oração, com os nossos atos e estejais seguras de que Deus vos ajuda. Rezamos juntos para que, sobre vós, venha a luz o quanto antes".
Segunda pergunta - corpo e alma
Feita por uma mãe italiana chamada Maria Teresa, que desde a Páscoa de 2009 cuida de seu filho em estado vegetativo. Ela perguntou ao Papa se a alma de seu filho abandonou o corpo, uma vez que ele não é mais consciente, ou se ainda está com ele. "Certamente a alma ainda está presente no corpo", respondeu o Papa, fazendo uma metáfora com um violão cujas cordas estão quebradas, de tal forma que não podem soar - da mesma forma, o instrumento do corpo é frágil, vulnerável, e a alma pode não "soar", mas permanece presente.
"Estou certo de que essa alma escondida sente em profundidade o vosso amor, ainda que não compreenda os detalhes, as palavras, mas sente a presença de um amor. Por isso essa vossa presença, queridos pais, querida mãe, ao lado dele, horas e horas todos os dias, é um ato verdadeiro de amor de grande valor, também um testemunho de fé em Deus, no homem, de compromisso pela vida, também nas situações mais tristes. Portanto, encorajo-vos a continuar, a saber que fazeis um grande serviço à humanidade com esse sinal de confiança, com esse amor por um corpo lacerado, uma alma que sofre".
Terceira pergunta - perseguição religiosa
Partiu de um grupo de sete jovens cristãos estudantes de Bagdá, no Iraque - região que sofreu vários ataques contra cristãos nos últimos meses e tornou-se terra de martírio. "Nós, cristãos de Bagdá, somos perseguidos como Jesus. Santo Padre, segundo o senhor, de que modo podemos ajudar a nossa comunidade cristã a reconsiderar o desejo de emigrar para outros Países, convencendo-a que partir não é a única solução?"
O Santo Padre revelou que reza todos os dias pelos cristãos do Iraque, irmãos sofredores de todos os cristãos, pelos quais é preciso fazer todo o possível para que permaneçam em sua própria terra. Nessa perspectiva, Bento XVI salientou que as pessoas e instituições que podem fazer algo pelos cristãos no Iraque devem fazê-lo de fato, citando o exemplo da Santa Sé, que permanece em diálogo contínuo não só com os católicos, mas também com outras comunidades cristãs e também muçulmanos. "Desejamos fazer um trabalho de reconciliação, de compreensão, também com o governo, porque é um problema uma sociedade profundamente dividida, lacerada. Deve-se reconstruir a consciência de que, na diversidade, todos tem um lugar próprio e uma história comum. Estejais certos da nossa oração".
Assista às respostas do Papa (em espanhol)
Quarta pergunta - Jesus, Mestre da Paz
Bintù, uma mulher muçulmana da Costa do Marfim, país em guerra, conta ao Papa que cristãos e muçulmanos sempre viveram em harmonia em seu país, mas o cenário político atual semeia divisões e discórdias. "Jesus é um homem de paz. O senhor, enquanto embaixador de Jesus, o que aconselharia para o nosso país?"
O Bispo de Roma disse ter recebido muitas cartas que mostram o sofrimento do povo da Costa do Marfim e que fica triste por poder fazer tão pouco. "No entanto, podemos fazer uma coisa, sempre: estar em oração convosco e, enquanto são possíveis, obras de caridade e sobretudo ajudar, segundo as nossas possibilidades, os contatos políticos, humanos". O Papa recordou que para Bintù, muçulmana, Jesus é um profeta e sempre homem da paz: se poderia esperar que quando Deus viesse à terra fosse um homem de grande força para destruir as forças adversas. No entanto, ele vem "fraco", somente com a força do amor, totalmente sem violência até se entregar na cruz
"Isso mostra o verdadeiro rosto de Deus, que a violência nunca vem de Deus, nunca ajuda a produzir coisas boas, mas é um meio destrutivo e não é o caminho para sair das dificuldades. Portanto, Deus é uma forte voz contra todo tipo de violência. E esta, cara Senhora, é a verdadeira mensagem de Jesus: buscai a paz com os meios da paz e deixai a violência", salientou.
Quinta pergunta - RessurreiçãoUm senhor italiano pergunta ao Papa o que acontece a Jesus no espaço de tempo entre a morte e a Ressurreição. "Uma vez que a Oração do Creio diz que Jesus, depois da morte, desceu aos Infernos, também pode-se pensar que algo do gênero acontecerá também a nós, após a morte, antes de ir ao Céu?"
De acordo com o Sucessor de Pedro, não de deve interpretar a descida de Jesus aos Infernos como uma viagem geográfica, como de um continente ao outro. Antes, é uma viagem da alma. Mesma que a alma de Jesus corresponda-se sempre ao Pai, esteja sempre em contato com o Pai, ao mesmo tempo essa alma humana se extende até os útimos confins do ser humano. O Senhor vai ao encontro dos perdidos, àqueles que já terminaram sua peregrinação terrena.
"A eficácia da Redenção não começa no ano zero ou 30, mas vai também ao passado, abraça o passado, todos os homens de todos os tempos. O homem, por si mesmo, não pode chegar à estatura de Deus. Portanto, a descida aos Infernos é uma parte essencial da missão de Jesus, da sua missão de Redentor e não se aplica a nós. A nossa vida é diferente, nós já fomos redimidos pelo Senhor e chegaremos diante do Rosto do Juiz, depois da morte, sob o olhar de Jesus, e esse olhar, por um lado, será purificador, e, por outro, nos tornará capazes de viver com Deus, de viver com os Santos, de viver em comunhão com os nossos queridos que nos precederam", respondeu o Papa.
Sexta pergunta - Corpo glorioso
Um outro senhor italiano pergunta ao Papa sobre o que significa que o corpo ressuscitado de Jesus não tenha as mesmas características do de antes. "O que significa exatamente o corpo glorioso? E a ressurreição, para nós, será também assim?"
O Pontífice deixa claro que não se pode definir corpo glorioso porque está além das nossas experiências. No entanto, se podem registrar os sinais que Jesus dá sobre o tema: o primeiro é que o sepulcro está vazio. Nesse sentido, Jesus não deixou seu corpo à corrupção, mostrando que também a matéria está destinada à eternidade e assume-a em uma nova condição de vida. O segundo ponto, portanto, é que Jesus não morre mais, está para além das leis da biologia, da física, porque submissas a essas uma pessoa morre. Logo, é uma condição nova, a grande promessa para nós todos que há um mundo novo, uma vida nova, rumo à qual estamos a caminho.
Nessas condições, Jesus se deixa tocar, come com os seus, mas está além das condições da vida biológica. Não é um fantasma, mas verdadeiro homem, que vive uma verdadeira vida, mas uma vida nova. "Na Eucaristia, o Senhor dá-nos o seu corpo glorioso, não nos dá carne para comer no sentido da biologia, nos dá a si mesmo, essa novidade que Ele é, entra no nosso ser homens, no nosso ser pessoa, e nos toca interiormente com o seu ser, de tal forma que podemos deixar-nos penetrar pela sua presença, transformar pela sua presença. É um ponto importante, porque assim estamos já em contato com essa nova vida, esse novo tipo de vida. Penso que esse aspecto da promessa, da realidade que Ele se dá a mim e me leva para fora de mim, para o alto, é o ponto mais importante: não se trata de registrar coisas que não podemos compreender, mas de estar em caminho rumo à novidade que começa, sempre, de novo na Eucaristia".
Sétima pergunta - Maria
Na última pergunta, feita pelo apresentador do programa, Rosario Carello, o Santo Padre fala sobre o diálogo travado entre Maria, João e Jesus sob a cruz. Carello pergunta como compreender as palavras "Eis o teu filho" e "Eis a tua Mãe". Qual o significado de terem sido pronunciadas naquele momento e que significado têm também hoje? Além disso, o apresentador questionou se o Papa sente no coração o desejo de renovar uma consagração à Virgem no início do novo milênio?
Bento XVI destacou que as palavras de Jesus são sobretudo um ato muito humano. No Oriente daquele tempo, uma mulher sozinha era uma situação impensável. Logo, Jesus confia sua mãe a João para que ela esteja segura. "Isso me parece muito belo, muito importante, que antes de toda a teologia vejamos nisto a verdadeira humanidade, o verdadeiro humanismo de Jesus", disse. No entanto, tal gesto não diz respeito somente àquele momento, mas compreende toda a história. Em João, Jesus confia toda a Igreja e seus membros à Mãe e, por sua vez, a Mãe a nós. Ao longo da história, isso foi se concretizando cada vez mais, com o aprofundamento da consciência de que Maria é uma verdadeira mãe para todos os cristãos, como provam os santuários espalhados e a devoção disseminada em todo o mundo.
Para os que defendem a "falta de fundamento bíblico" para a devoção mariana, o Papa disse: "Aqui responderei com São Gregório Magno: 'Com a leitura crescem as palavras da Escritura', isto é, desenvolvem-se na realidade, crescem, e sempre mais na história se desenvolve essa Palavra. E podemos com grande confiança buscar esta Mãe. Por outro lado, vale ressaltar também que a Mãe exprime também a Igreja. Não podemos ser cristãos sozinhos, com um cristianismo construído segundo a minha ideia. A Mãe é imagem da Igreja, da Mãe Igreja, e confiando-nos a Maria devemos confiar-nos também à Igreja, viver a Igreja, ser a Igreja com Maria".
Com relação à renovação da consagração do mundo à Virgem no início do novo milênio, o Santo Padre lembrou que os Papas - como Pio XII, Paulo VI, João Paulo II - fizeram um grande Ato de Confiança a Nossa Senhora, muito importante diante da humanidade e de Maria mesma. "Eu penso que agora seja importante interiorizar esse ato, de deixar-nos penetrar, de realizá-lo em nós mesmos. Penso que o ato grande, público, foi feito. Talvez um dia seja necessário repeti-lo, mas no momento me parece mais importante vivê-lo, realizá-lo, entrar nessa confiança, para que seja realmente nossa. A confiança comum em Maria, o deixar-se penetrar por essa presença e formar, entrar em comunhão com Maria, torna-nos Igreja, torna-nos, juntamente com Maria, realmente essa esposa de Cristo. Portanto, no momento não teria a intenção de um novo Ato de Confiança público, mas gostaria de convidar a entrar na confiança já proclamada, para que seja realmente vivida por nós a cada dia e cresça assim uma Igreja realmente mariana, que é Mãe, Esposa e Filha de Jesus".
O Programa
"O Papa responde" foi uma edição especial do programa "A sua imagem - Perguntas sobre Jesus" na qual o Pontífice esclareceu a questionamentos formulados por pessoas em geral, não necessariamente cristãs, sobre a fé católica e a figura de Cristo - à qual o Papa já dedicou duas obras recentes da série Jesus de Nazaré e uma terceira está em preparação -, bem como alguns temas da vida humana no mundo atual, afetado por desastres naturais e perseguições religiosas.
As perguntas foram formuladas ao Santo Padre através de uma vídeo-mensagem, que foi retransmitida em um monitor instalado em sua Biblioteca do Palácio Apostólico, onde foi realizada a gravação da entrevista na quarta-feira, 20. A transmissão pela RaiUno começou às 14h10 (horário de Roma - 9h10 no horário de Brasília).
Primeira pergunta - crianças e sofrimento
Foi formulada por uma menina japonesa de sete anos, chamada Elena, sobre o sentido da dor com base na vida e nos ensinamentos de Jesus, tendo como pano de fundo o terremoto e o tsunami que golpearam o país asiático. Filha de pai italiano, Elena estava no Japão durante o terremoto, viu morrer muitas crianças e ainda está assustada. "Por que devo ter tanto medo? Por que as crianças devem ter tanta tristeza? Peço ao Papa, que fala com Deus, para explicar-me", pediu.
O Papa respondeu com docilidade à indagação da menina, dizendo que também ele se faz perguntas como essa e que nós não temos as respostas, "mas sabemos que Jesus sofreu como vós, inocente, que o Deus verdadeiro que se mostra em Jesus está do vosso lado. Isso me parece muito importante, ainda que não tenhamos as respostas, se permanece a tristeza: Deus está do vosso lado, e estais seguros de que isso vos ajudará. E um dia poderemos também compreender por que foi assim. Nesse momento parece-me importante que saibais: 'Deus me ama', também se parece que nem me conheça. Pelo contrário, ele me ama, está do meu lado", disse.
Bento XVI explicou para Elena que um dia será possível compreender que os sofrimentos não foram em vão, vazios, mas que por trás deles há um projeto bom, de amor. "Assegurai-vos de que nós estamos contigo, com todas as crianças japonesas que sofrem, desejamos auxiliar-vos com a oração, com os nossos atos e estejais seguras de que Deus vos ajuda. Rezamos juntos para que, sobre vós, venha a luz o quanto antes".
Segunda pergunta - corpo e alma
Feita por uma mãe italiana chamada Maria Teresa, que desde a Páscoa de 2009 cuida de seu filho em estado vegetativo. Ela perguntou ao Papa se a alma de seu filho abandonou o corpo, uma vez que ele não é mais consciente, ou se ainda está com ele. "Certamente a alma ainda está presente no corpo", respondeu o Papa, fazendo uma metáfora com um violão cujas cordas estão quebradas, de tal forma que não podem soar - da mesma forma, o instrumento do corpo é frágil, vulnerável, e a alma pode não "soar", mas permanece presente.
"Estou certo de que essa alma escondida sente em profundidade o vosso amor, ainda que não compreenda os detalhes, as palavras, mas sente a presença de um amor. Por isso essa vossa presença, queridos pais, querida mãe, ao lado dele, horas e horas todos os dias, é um ato verdadeiro de amor de grande valor, também um testemunho de fé em Deus, no homem, de compromisso pela vida, também nas situações mais tristes. Portanto, encorajo-vos a continuar, a saber que fazeis um grande serviço à humanidade com esse sinal de confiança, com esse amor por um corpo lacerado, uma alma que sofre".
Terceira pergunta - perseguição religiosa
Partiu de um grupo de sete jovens cristãos estudantes de Bagdá, no Iraque - região que sofreu vários ataques contra cristãos nos últimos meses e tornou-se terra de martírio. "Nós, cristãos de Bagdá, somos perseguidos como Jesus. Santo Padre, segundo o senhor, de que modo podemos ajudar a nossa comunidade cristã a reconsiderar o desejo de emigrar para outros Países, convencendo-a que partir não é a única solução?"
O Santo Padre revelou que reza todos os dias pelos cristãos do Iraque, irmãos sofredores de todos os cristãos, pelos quais é preciso fazer todo o possível para que permaneçam em sua própria terra. Nessa perspectiva, Bento XVI salientou que as pessoas e instituições que podem fazer algo pelos cristãos no Iraque devem fazê-lo de fato, citando o exemplo da Santa Sé, que permanece em diálogo contínuo não só com os católicos, mas também com outras comunidades cristãs e também muçulmanos. "Desejamos fazer um trabalho de reconciliação, de compreensão, também com o governo, porque é um problema uma sociedade profundamente dividida, lacerada. Deve-se reconstruir a consciência de que, na diversidade, todos tem um lugar próprio e uma história comum. Estejais certos da nossa oração".
Assista às respostas do Papa (em espanhol)
Quarta pergunta - Jesus, Mestre da Paz
Bintù, uma mulher muçulmana da Costa do Marfim, país em guerra, conta ao Papa que cristãos e muçulmanos sempre viveram em harmonia em seu país, mas o cenário político atual semeia divisões e discórdias. "Jesus é um homem de paz. O senhor, enquanto embaixador de Jesus, o que aconselharia para o nosso país?"
O Bispo de Roma disse ter recebido muitas cartas que mostram o sofrimento do povo da Costa do Marfim e que fica triste por poder fazer tão pouco. "No entanto, podemos fazer uma coisa, sempre: estar em oração convosco e, enquanto são possíveis, obras de caridade e sobretudo ajudar, segundo as nossas possibilidades, os contatos políticos, humanos". O Papa recordou que para Bintù, muçulmana, Jesus é um profeta e sempre homem da paz: se poderia esperar que quando Deus viesse à terra fosse um homem de grande força para destruir as forças adversas. No entanto, ele vem "fraco", somente com a força do amor, totalmente sem violência até se entregar na cruz
"Isso mostra o verdadeiro rosto de Deus, que a violência nunca vem de Deus, nunca ajuda a produzir coisas boas, mas é um meio destrutivo e não é o caminho para sair das dificuldades. Portanto, Deus é uma forte voz contra todo tipo de violência. E esta, cara Senhora, é a verdadeira mensagem de Jesus: buscai a paz com os meios da paz e deixai a violência", salientou.
Quinta pergunta - RessurreiçãoUm senhor italiano pergunta ao Papa o que acontece a Jesus no espaço de tempo entre a morte e a Ressurreição. "Uma vez que a Oração do Creio diz que Jesus, depois da morte, desceu aos Infernos, também pode-se pensar que algo do gênero acontecerá também a nós, após a morte, antes de ir ao Céu?"
De acordo com o Sucessor de Pedro, não de deve interpretar a descida de Jesus aos Infernos como uma viagem geográfica, como de um continente ao outro. Antes, é uma viagem da alma. Mesma que a alma de Jesus corresponda-se sempre ao Pai, esteja sempre em contato com o Pai, ao mesmo tempo essa alma humana se extende até os útimos confins do ser humano. O Senhor vai ao encontro dos perdidos, àqueles que já terminaram sua peregrinação terrena.
"A eficácia da Redenção não começa no ano zero ou 30, mas vai também ao passado, abraça o passado, todos os homens de todos os tempos. O homem, por si mesmo, não pode chegar à estatura de Deus. Portanto, a descida aos Infernos é uma parte essencial da missão de Jesus, da sua missão de Redentor e não se aplica a nós. A nossa vida é diferente, nós já fomos redimidos pelo Senhor e chegaremos diante do Rosto do Juiz, depois da morte, sob o olhar de Jesus, e esse olhar, por um lado, será purificador, e, por outro, nos tornará capazes de viver com Deus, de viver com os Santos, de viver em comunhão com os nossos queridos que nos precederam", respondeu o Papa.
Sexta pergunta - Corpo glorioso
Um outro senhor italiano pergunta ao Papa sobre o que significa que o corpo ressuscitado de Jesus não tenha as mesmas características do de antes. "O que significa exatamente o corpo glorioso? E a ressurreição, para nós, será também assim?"
O Pontífice deixa claro que não se pode definir corpo glorioso porque está além das nossas experiências. No entanto, se podem registrar os sinais que Jesus dá sobre o tema: o primeiro é que o sepulcro está vazio. Nesse sentido, Jesus não deixou seu corpo à corrupção, mostrando que também a matéria está destinada à eternidade e assume-a em uma nova condição de vida. O segundo ponto, portanto, é que Jesus não morre mais, está para além das leis da biologia, da física, porque submissas a essas uma pessoa morre. Logo, é uma condição nova, a grande promessa para nós todos que há um mundo novo, uma vida nova, rumo à qual estamos a caminho.
Nessas condições, Jesus se deixa tocar, come com os seus, mas está além das condições da vida biológica. Não é um fantasma, mas verdadeiro homem, que vive uma verdadeira vida, mas uma vida nova. "Na Eucaristia, o Senhor dá-nos o seu corpo glorioso, não nos dá carne para comer no sentido da biologia, nos dá a si mesmo, essa novidade que Ele é, entra no nosso ser homens, no nosso ser pessoa, e nos toca interiormente com o seu ser, de tal forma que podemos deixar-nos penetrar pela sua presença, transformar pela sua presença. É um ponto importante, porque assim estamos já em contato com essa nova vida, esse novo tipo de vida. Penso que esse aspecto da promessa, da realidade que Ele se dá a mim e me leva para fora de mim, para o alto, é o ponto mais importante: não se trata de registrar coisas que não podemos compreender, mas de estar em caminho rumo à novidade que começa, sempre, de novo na Eucaristia".
Sétima pergunta - Maria
Na última pergunta, feita pelo apresentador do programa, Rosario Carello, o Santo Padre fala sobre o diálogo travado entre Maria, João e Jesus sob a cruz. Carello pergunta como compreender as palavras "Eis o teu filho" e "Eis a tua Mãe". Qual o significado de terem sido pronunciadas naquele momento e que significado têm também hoje? Além disso, o apresentador questionou se o Papa sente no coração o desejo de renovar uma consagração à Virgem no início do novo milênio?
Bento XVI destacou que as palavras de Jesus são sobretudo um ato muito humano. No Oriente daquele tempo, uma mulher sozinha era uma situação impensável. Logo, Jesus confia sua mãe a João para que ela esteja segura. "Isso me parece muito belo, muito importante, que antes de toda a teologia vejamos nisto a verdadeira humanidade, o verdadeiro humanismo de Jesus", disse. No entanto, tal gesto não diz respeito somente àquele momento, mas compreende toda a história. Em João, Jesus confia toda a Igreja e seus membros à Mãe e, por sua vez, a Mãe a nós. Ao longo da história, isso foi se concretizando cada vez mais, com o aprofundamento da consciência de que Maria é uma verdadeira mãe para todos os cristãos, como provam os santuários espalhados e a devoção disseminada em todo o mundo.
Para os que defendem a "falta de fundamento bíblico" para a devoção mariana, o Papa disse: "Aqui responderei com São Gregório Magno: 'Com a leitura crescem as palavras da Escritura', isto é, desenvolvem-se na realidade, crescem, e sempre mais na história se desenvolve essa Palavra. E podemos com grande confiança buscar esta Mãe. Por outro lado, vale ressaltar também que a Mãe exprime também a Igreja. Não podemos ser cristãos sozinhos, com um cristianismo construído segundo a minha ideia. A Mãe é imagem da Igreja, da Mãe Igreja, e confiando-nos a Maria devemos confiar-nos também à Igreja, viver a Igreja, ser a Igreja com Maria".
Com relação à renovação da consagração do mundo à Virgem no início do novo milênio, o Santo Padre lembrou que os Papas - como Pio XII, Paulo VI, João Paulo II - fizeram um grande Ato de Confiança a Nossa Senhora, muito importante diante da humanidade e de Maria mesma. "Eu penso que agora seja importante interiorizar esse ato, de deixar-nos penetrar, de realizá-lo em nós mesmos. Penso que o ato grande, público, foi feito. Talvez um dia seja necessário repeti-lo, mas no momento me parece mais importante vivê-lo, realizá-lo, entrar nessa confiança, para que seja realmente nossa. A confiança comum em Maria, o deixar-se penetrar por essa presença e formar, entrar em comunhão com Maria, torna-nos Igreja, torna-nos, juntamente com Maria, realmente essa esposa de Cristo. Portanto, no momento não teria a intenção de um novo Ato de Confiança público, mas gostaria de convidar a entrar na confiança já proclamada, para que seja realmente vivida por nós a cada dia e cresça assim uma Igreja realmente mariana, que é Mãe, Esposa e Filha de Jesus".
O Programa
"O Papa responde" foi uma edição especial do programa "A sua imagem - Perguntas sobre Jesus" na qual o Pontífice esclareceu a questionamentos formulados por pessoas em geral, não necessariamente cristãs, sobre a fé católica e a figura de Cristo - à qual o Papa já dedicou duas obras recentes da série Jesus de Nazaré e uma terceira está em preparação -, bem como alguns temas da vida humana no mundo atual, afetado por desastres naturais e perseguições religiosas.
As perguntas foram formuladas ao Santo Padre através de uma vídeo-mensagem, que foi retransmitida em um monitor instalado em sua Biblioteca do Palácio Apostólico, onde foi realizada a gravação da entrevista na quarta-feira, 20. A transmissão pela RaiUno começou às 14h10 (horário de Roma - 9h10 no horário de Brasília).
sexta-feira, 22 de abril de 2011
CONHEÇA AS MEDITAÇÕES QUE ACONTECEU ESTA NOITE NO COLISEU ( conosco mais de uma centena de blog esparramado no mundo )
VEJA AS PALAVRAS DO SANTO PADRE NO FINAL DAS MEDITAÇÕES BEM A BAIXO NO FINAL.
DEPARTAMENTO DAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
DO SUMO PONTÍFICE
DO SUMO PONTÍFICE
PRESIDIDA PELO SANTO PADRE
BENTO XVI
BENTO XVI
SEXTA-FEIRA SANTA DE 2011
Ir. Maria Rita Piccione, O.S.A.
Presidente da Federação dos Mosteiros Agostinianos da Itália«Nossa Senhora do Bom Conselho»
APRESENTAÇÃO
«Se alguém contemplasse de longe a sua pátria mas de permeio estivesse o mar, veria aonde chegar, mas não disporia dos meios para ir até lá. O mesmo se passa connosco… Vislumbramos a meta a alcançar, mas de permeio está o mar do século presente… Ora, a fim de que pudéssemos dispor também dos meios para lá chegar, veio de lá Aquele para quem nós queríamos ir… e forneceu-nos o madeiro com o qual atravessar o mar. De facto, ninguém pode atravessar o mar do século presente, se não é levado pela cruz de Cristo… Não abandones [pois] a cruz, e a cruz te levará».Estas palavras de Santo Agostinho, tiradas do seu Comentário ao Evangelho de João (2, 2), introduzem-nos na oração da Via-Sacra.
De facto, a Via-Sacra quer estimular em nós este gesto de nos agarrarmos ao madeiro da Cruz de Cristo ao longo do mar da vida. Por isso, a Via-Sacra não é uma simples prática de devoção popular com carácter sentimental; mas exprime a essência da experiência cristã: «Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mc 8, 34).
É por este motivo que, cada Sexta-feira Santa, o Santo Padre percorre a Via-Sacra à vista de todo o mundo e em comunhão com ele.
Para a preparação da Via-Sacra deste ano, o Papa Bento XVI dirigiu-se ao mundo monástico agostiniano feminino, confiando a redacção dos textos à Ir. Maria Rita Piccione, O.S.A., Presidente da Federação dos Mosteiros Agostinianos da Itália «Nossa Senhora do Bom Conselho».
A Ir. Maria Rita, que pertence ao Ermo Agostiniano de Leccetto (Sena) – um dos eremitérios toscanos do século XIII, berço da Ordem de Santo Agostinho – é actualmente membro da Comunidade dos Santos Quatro Coroados, em Roma, onde tem a sua sede a Casa comum de Formação para as Noviças e as Religiosas Professas Agostinianas da Itália.
E não são apenas os textos que são de uma monja agostiniana; também as imagens ganharam forma e tonalidade a partir de uma sensibilidade artística feminina e agostiniana. A Ir. Helena Maria Manganelli, O.S.A., do Ermo de Leccetto, outrora escultora de profissão, é a autora dos quadros que ilustram as várias estações da Via-Sacra.
Esta interligação de palavra, forma e tonalidade comunica-nos algo da espiritualidade agostiniana, que se inspira na primitiva comunidade de Jerusalém e funda-se na comunhão de vida.
É de benefício para todos saber que a preparação desta Via-Sacra nasce da experiência de monjas que «juntas vivem, pensam, rezam, dialogam», segundo o retrato vivo e eloquente que Romano Guardini esboça de uma comunidade monástica agostiniana.
No início de cada estação, depois da habitual enunciação, aparece uma frase muito breve que pretende oferecer a chave de leitura da respectiva estação. Idealmente podemos recebê-la como que vinda de uma criança, numa espécie de apelo à simplicidade dos pequeninos que sabem captar o coração da realidade e num espaço simbólico de acolhimento, na oração de Igreja, da voz da infância por vezes ofendida e explorada.
A Palavra de Deus, que será proclamada, é tirada do Evangelho de João, à excepção das estações sem texto evangélico de referência ou que o têm noutros evangelhos. Com esta escolha, pretendeu-se evidenciar a mensagem de glória da Cruz de Jesus.
Depois o texto bíblico é ilustrado por uma reflexão breve, mas clara e original.
A oração dirigida ao «Humilde Jesus» – expressão cara ao coração de Agostinho (Conf. 7, 18, 24) –, que deixa cair o adjectivo humilde na crucifixão-exaltação de Cristo, é a confissão que a Igreja-Esposa dirige ao Esposo que a redimiu com o seu Sangue.
Segue-se uma invocação ao Espírito Santo, que guia os nossos passos e que derrama no nosso coração o amor divino (cf. Rm 5, 5): é a Igreja apostólico-petrina que bate à porta do coração de Deus.
Cada uma das estações individualiza uma pegada particular deixada por Jesus ao longo do Caminho da Cruz, que o crente é chamado a copiar. Assim os passos que marcam o caminho da Via-Sacra são: verdade, honestidade, humildade, oração, obediência, liberdade, paciência, conversão, perseverança, essencialidade, realeza, dom de si mesmo, maternidade, expectativa silenciosa.
Os quadros da Ir. Helena Maria – sem figuras nem elementos acessórios, mas essenciais na cor – apresentam Jesus sozinho na sua Paixão, que atravessa a terra deserta nela escavando um sulco e regando-o com a sua graça. Um raio de luz, sempre presente e colocado de modo a formar uma cruz, indica o olhar do Pai, enquanto a sombra de uma pomba, o Espírito Santo, recorda que Cristo, «pelo Espírito eterno, Se ofereceu a Si mesmo a Deus, sem mácula» (Heb 9, 14).
Com este contributo para a oração da Via-Sacra, as Monjas Agostinianas desejam prestar um preito de amor à Igreja e ao Santo Padre Bento XVI, em profunda sintonia com a particular veneração e fidelidade que a Ordem Agostiniana professa à Igreja e aos Sumos Pontífices.
Agradecemos a estas duas irmãs, a Ir. Maria Rita e a Ir. Helena Maria, que, alimentadas pela contínua meditação da Palavra de Deus e dos escritos de Santo Agostinho e sustentadas pela oração das Comunidades da Federação, aceitaram, com toda a simplicidade, partilhar a sua experiência de Cristo e do Mistério Pascal, num ano em que a celebração da Santa Páscoa tem lugar precisamente a 24 de Abril, dia do aniversário do Baptismo de Santo Agostinho.
INTRODUÇÃO
Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos[1].Irmãos e Irmãs em Cristo,
encontramo-nos, esta noite, no sugestivo cenário do Coliseu romano, convocados pela Palavra agora mesmo proclamada, para percorrer, juntamente com o Santo Padre Bento XVI, o Caminho da Cruz de Jesus.
Fixemos o nosso olhar interior em Cristo e invoquemo-Lo com coração ardente: «Peço-Vos, Senhor! Dizei à minha alma: sou Eu a tua salvação! Dizei-o de maneira que eu o ouça!»[2].
A sua voz animadora cruza-se com o fio débil do nosso «sim» e o Espírito Santo, dedo de Deus, tece a trama segura da fé que conforta e conduz.
Seguir, acreditar, rezar: eis os passos simples e seguros que sustentam a nossa estrada ao longo do Caminho da Cruz e nos deixam vislumbrar, gradualmente, o caminho da Verdade e da Vida.
[1] 1 Ped 2, 21.
[2] S. Agostinho, Confissões 1, 5, 5 (doravante todas as citações, diversas da Sagrada Escritura, que não indiquem o autor são de S. Agostinho).
ORAÇÃO INICIAL
O Santo Padre:Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R/. Amen.
O Santo Padre:
Oremos.
(breve pausa de silêncio)
Senhor Jesus,
Vós nos convidais a seguir-Vos também
nesta vossa hora extrema.
Em Vós, está cada um de nós
e nós, apesar de muitos, somos Um só em Vós.
Na vossa hora, está presente a hora da provação
da nossa vida,
nos seus aspectos mais crus e duros;
está presente a hora da paixão da vossa Igreja
e da humanidade inteira.
Está presente a hora das trevas:
quando «tremem os fundamentos da terra»[1]
e o homem, «parcela da vossa criação»[2],
geme e sofre com ela;
quando as várias máscaras da mentira
ridicularizam a verdade
e as lisonjas do sucesso sufocam
o apelo íntimo da honestidade;
quando o vazio de sentido e de valores
anula a obra educativa
e a desordem do coração desfigura a ingenuidade
dos pequeninos e dos débeis;
quando o homem perde o caminho
que o leva ao Pai
e já não reconhece em Vós
o rosto belo da própria humanidade.
Nesta hora, insinua-se a tentação da fuga,
o sentimento da desolação e da angústia,
enquanto a traça da dúvida corrói a mente
e, como no palco, o pano da escuridão cai sobre a alma.
E Vós, Senhor,
que ledes no livro aberto do nosso frágil coração,
voltais a perguntar-nos nesta noite,
como um dia aos Doze:
«Também vós quereis ir embora?»[3].
Não, Senhor,
não podemos nem queremos ir embora,
porque só «Vós tendes palavras de vida eterna»[4],
Só Vós sois «a palavra da verdade»[5]
e a vossa Cruz
é a única «chave que nos abre aos segredos
da verdade e da vida»[6].
«Nós Vos seguiremos para onde quer que fordes!»[7].
Nesta adesão, está a nossa adoração,
enquanto, do horizonte do ainda não,
um raio de alegria
beija o já do nosso caminho.
R/. Amen. Amados irmãos e irmãs,
Esta noite, na fé, acompanhámos Jesus, que percorre o último trecho do seu caminho terreno, o trecho mais doloroso: o do Calvário. Ouvimos o alarido da multidão, as palavras da condenação, o ludíbrio dos soldados, o pranto da Virgem Maria e das outras mulheres. Agora mergulhámos no silêncio desta noite, no silêncio da cruz, no silêncio da morte. É um silêncio que guarda em si o peso do sofrimento do homem rejeitado, oprimido, esmagado, o peso do pecado que desfigura o seu rosto, o peso do mal. Esta noite, no íntimo do nosso coração, revivemos o drama de Jesus, carregado com o sofrimento, o mal, o pecado do homem.
E agora, que resta diante dos nossos olhos? Resta um Crucificado; uma Cruz levantada no Gólgota, uma Cruz que parece determinar a derrota definitiva d’Aquele que trouxera a luz a quem estava mergulhado na escuridão, d’Aquele que falara da força do perdão e da misericórdia, que convidara a acreditar no amor infinito de Deus por cada pessoa humana. Desprezado e repelido pelos homens, está diante de nós o «homem de dores, afeito ao sofrimento, como aquele a quem se volta a cara» (Is 53, 3).
Mas fixemos bem aquele homem crucificado entre a terra e o céu, contemplemo-lo com um olhar mais profundo, e descobriremos que a Cruz não é o sinal da vitória da morte, do pecado, do mal, mas o sinal luminoso do amor, mais ainda, da imensidão do amor de Deus, daquilo que não teríamos jamais podido pedir, imaginar ou esperar: Deus debruçou-Se sobre nós, abaixou-Se até chegar ao ângulo mais escuro da nossa vida, para nos estender a mão e atrair-nos a Si, levar-nos até Ele. A Cruz fala-nos do amor supremo de Deus e convida-nos a renovar, hoje, a nossa fé na força deste amor, a crer que em cada situação da nossa vida, da história, do mundo, Deus é capaz de vencer a morte, o pecado, o mal, e dar-nos uma vida nova, ressuscitada. Na morte do Filho de Deus na cruz, há o gérmen de uma nova esperança de vida, como o grão de trigo que morre no seio da terra.
Nesta noite carregada de silêncio, carregada de esperança, ressoa o convite que Deus nos dirige através das palavras de Santo Agostinho: «Tende fé! Vireis a Mim e haveis de saborear os bens da minha mesa, como é verdade que Eu não recusei saborear os males da vossa mesa... Prometi-vos a minha vida... Como antecipação, franqueei-vos a minha morte, como que para vos dizer: Convido-vos a participar na minha vida... É uma vida onde ninguém morre, uma vida verdadeiramente feliz, que oferece um alimento incorruptível, um alimento que restabelece e nunca acaba. A meta a que vos convido... é a amizade como o Pai e o Espírito Santo, é a ceia eterna, é a comunhão comigo ... é participar na minha vida» (cf. Discurso 231, 5).
Fixemos o nosso olhar em Jesus Crucificado e peçamos, rezando: Iluminai, Senhor, o nosso coração, para Vos podermos seguir pelo caminho da Cruz; fazei morrer em nós o «homem velho», ligado ao egoísmo, ao mal, ao pecado, e tornai-nos «homens novos», mulheres e homens santos, transformados e animados pelo vosso amor.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
MISSA DO TRADICIONAL LAVA PÉS DA QUINTA FEIRA SANTA EM SANTA CÂNDIDA.
MISSA DOS SANTOS OLEOS DA QUINTA FEIRA SANTA, ACONTECEU NA PARÓQUIA SÃO JOSÉ NO CAPÃO RASO.
Papa João Paulo II, vai ser beatificado no dia 01 de Maio. |
Fotos a baixo foi tirado na chuva. |
Bispo auxiliar de Curitiba a frente na foto Dom João Carlos, logo atrás Dom Rafael Biernaski. |
Bispo emérito Dom Pedro Fedalto, fotos foi tirado na chuva. |
Diácono Leonardo a esquerda na foto. |
O nosso Pároco Simão Valenga, comprimenta outro sacerdote. |
Pe.Simão Valenga a direita da foto, em unidade com todo o Clero. |
OBS; Todas as fotos são exclusividades deste veiculo de comunicação. |
quarta-feira, 20 de abril de 2011
LANÇAMENTO DO 7° capitulo UM NOVO JEITO DE EVAGELIZAR ( É RECORD )
Olá amigos; A publicação do 7° capitulo UM NOVO JEITO DE EVANGELIZAR, novamente é record em acesso; em menos 48 horas a publicação atingiu 10 mil acesso na pagina; muito obrigado pelo carinho e participação na pagina e continue nos prestigiando seu acesso é muito importante para nós; E almenta muito nossa responsabilidade para com os próximos capítulos; Grato Tarcisio
CONHEÇA A HISTÓRIA DA VIRGEM E MARTIR SANTA CÂNDIDA.
Santa Cândida A primeira referência sobre Santa Cândida foi encontrada no Calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galícia, ambas na Espanha. Mas, foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta Santa. A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro de passagem por Nápolis. Naquela época o Apóstolo, com destino a Roma atravessou Nápolis onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida. Percebeu imediatamente que a pobre criança estava doente. Parou e lhe perguntou se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro lhe falou da Boa Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo. Assim Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em sua casa falando sobre o Cristianismo e contando tudo o que o Apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O Apostolo acabou de catequizar os dois e, em seguida, os batizou e lhes ministrou a primeira Eucaristia durante a celebração da Santa Missa. Este local recebeu o nome de "Ara Petri", que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o Apóstolo consagrou Aspreno o primeiro Bispo de Nápolis e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele lugar onde fora celebrado a Santa Missa por São Pedro, tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de "Ara Petri". Alí vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isto, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou se esconder. Então, o Bispo Aspreno embarcou Cândida junto com outros cristãos, com destino à Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada a morte porque se negou a renunciar a fé em Cristo. No Martirológio Romano, encontramos registrado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma. Muitos séculos mais tarde, pesquisas arqueológicas feitas na cidade de Nápolis, encontraram no local "Ara Petri" um antigo cemitério de cristãos. O fato colocou ainda mais devoção sobre a figura de Santa Cândida, eleita pelos fiéis como padroeira das famílias e dos doentes. Ela recebe as tradicionais homenagens litúrgicas confirmadas pela Igreja, venerada em Roma, na igreja de santa Praxedes , aonde o corpo foi transladado pelo papa Pascoal I, o seu nome consta e uma epígrafe (inscrição) escrita quando o papa ainda vivia, junto com o de outros mártires ali sepultados. Comemora-se no dia 20 de Setembro. Não se sabe se era natural de Roma, nem se deve identificar-se com outras santas do mesmo nome e da mesma cidade. (texto extraído do livro "Bibliotheca Sanctorum, Instituto Giovanni XXIII nelle Pontificia Universitá Lateranense - 1963 - Vol. III - pg. 734:). A virgem e mártir Santa Cândida, a padroeira da Paróquia Santa Cândida em Curitiba - Paraná, é festejada no dia 29 de agosto. Estudo feito; Tarcísio Cirino |
segunda-feira, 18 de abril de 2011
COMUNICADO DA ARQUIDIOCESE DO DIA 18 ABRIL
Mitra da Arquidiocese de Curitiba
Espetáculo "Inquieto Coração" mergulha nas reflexões de Santo Agostinho
Monólogo fala sobre os prazeres, necessidades e angústias do ser humano
O Teatro da CAIXA apresenta de 22 a 24 de abril o monólogo “Inquieto Coração”, com dramaturgia e atuação de Eduardo Rieche e direção de Henrique Tavares. O espetáculo é um mergulho nas reflexões de Santo Agostinho, escritor e teólogo do século IV, sobre os prazeres, necessidades e angústias do ser humano.
O texto de “Inquieto Coração” foi elaborado por Eduardo Rieche a partir da adaptação de quatro das principais obras de Santo Agostinho: "Confissões", "A Cidade de Deus", "A Trindade" e “Solilóquios”.
As obras foram produzidas depois da sua ordenação a bispo de Hipona, cargo que exerceu por quase 40 anos. Santo Agostinho vai além da figura religiosa, pois sua obra como escritor foi determinante para o pensamento ocidental.
Foi um escritor intenso, apaixonado e prolífico: deixou mais de mil publicações, entre livros, sermões, escritos filosóficos e doutrinais, com temas polêmicos como a religiosidade, Deus, a busca pela verdade, o amor e a condição humana.
A ambição de “Inquieto Coração” é, portanto, fomentar a reflexão sobre a vida, por meio do encontro dos escritos de Agostinho, este primeiro homem “moderno”, com o homem atual.
Serviço:
Teatro: “Inquieto Coração”
Local: Teatro da CAIXA – Rua Conselheiro Laurindo, 280.
Data: de 22 a 24 de abril.
Hora: sexta e sábado às 21h e domingo às 19h.
Ingressos: R$10 e R$5 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA).
Bilheteria:(41) 2118-5111 (de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, as 16 às 19h).
Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos.
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (02 para cadeirantes).
Informações com a assessoria de imprensa da CAIXA Cultural pelo telefone: (41)3544-5641 ou através do site: www.caixa.gov.br/caixacultural.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal. CAIXA Cultural Curitiba.
Mitra da Arquidiocese de CuritibaCúria Metropolitana - Assessoria de Imprensa
domingo, 17 de abril de 2011
BENTO XVI PRECISAMOS DA HUMILDADE DA FÉ.
Cidade do Vaticano, 17 abr (RV) - Bento XVI presidiu esta manhã, na Praça São Pedro, no Vaticano, a celebração eucarística do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, da qual participaram milhares de fiéis e peregrinos.
Em sua homilia, o Papa recordou que neste dia, ao longo dos séculos por toda a face da terra, jovens e pessoas de todas as idades aclamam o Senhor dizendo: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!"
Jesus sabe que o espera uma Páscoa nova e que Ele mesmo tomará o lugar dos cordeiros imolados, oferecendo-se a si mesmo na Cruz. "A nossa procissão de hoje quer ser imagem de algo mais profundo, imagem do fato que caminhamos em peregrinação, juntamente com Jesus, para a estrada alta que leva ao Deus vivo" – frisou o pontífice.
O Santo Padre sublinhou que "desde sempre, e hoje ainda mais, os homens nutriram o desejo de «ser como Deus»; de alcançar, eles mesmos, a altura de Deus" – e acrescentou:
"Em todas as invenções do espírito humano, em última análise, procura-se conseguir asas para poder elevar-se à altura do Ser divino, para se tornar independentes, totalmente livres, como é Deus. A humanidade pôde realizar tantas coisas: somos capazes de voar; podemos ver-nos uns aos outros, ouvir e falar entre nós dum extremo do mundo ao outro, e todavia, a força de gravidade que nos puxa para baixo é poderosa. Junto com as nossas capacidades, não cresceu apenas o bem; cresceram também as possibilidades do mal, que se levantam como tempestades ameaçadoras sobre a história. E perduram também os nossos limites: basta pensar nas catástrofes que, nestes meses, afligiram e continuam afligindo a humanidade" - disse o Papa.
O Santo Padre ressaltou que a Igreja nos faz um convite "Sursum corda – corações ao alto!" "O coração, segundo a concepção bíblica e na visão dos Padres da Igreja, é aquele centro do homem onde se unem o intelecto, a vontade e o sentimento, o corpo e a alma; é aquele centro, onde o espírito se torna corpo e o corpo se torna espírito, onde vontade, sentimento e intelecto se unem no conhecimento de Deus e no amor a Ele. Este «coração» deve ser elevado, mas sozinhos somos demasiado frágeis para elevar o nosso coração até a altura de Deus; não somos capazes disso" – disse ainda Bento XVI.
Cristo veio ao mundo para nos levar a Deus, "desceu até a humilhação extrema da existência humana, a fim de nos levar para o alto rumo a Ele, rumo ao Deus vivo. Jesus humilhou-se e só assim podia ser superada a nossa soberba: a humildade de Deus é a forma extrema de seu amor, e este amor humilde atrai para o alto" – sublinhou o Papa.
Bento XVI sublinhou que a liturgia de hoje, indica alguns elementos concretos, que pertencem à nossa elevação e sem os quais não podemos ser levados para o alto: "as mãos inocentes, o coração puro, a rejeição da mentira, a procura do rosto de Deus".
"As grandes conquistas da técnica só nos tornam livres e são elementos de progresso da humanidade, se forem acompanhadas por estas atitudes: se as nossas mãos se tornarem inocentes e o coração puro, se permanecermos à procura da verdade, à procura do próprio Deus e nos deixarmos tocar e interpelar pelo seu amor. Mas todos estes elementos da elevação só serão úteis, se reconhecermos com humildade que devemos ser levados para o alto, se abandonarmos a soberba de querermos ser Deus. Temos necessidade Dele: Deus nos leva para o alto; permanecer apoiados em suas mãos, isto é, na fé, nos dá a orientação justa e a força interior que nos leva para o alto. Temos necessidade da humildade da fé, que procura o rosto de Deus e se entrega à verdade do seu amor" - frisou o pontèifice.
"Com o Senhor, caminhamos, peregrinos, para o alto. Vamos à procura do coração puro e das mãos inocentes, à procura da verdade, procurando o rosto de Deus. Peçamos ao Senhor para que nos torne puros, a fim de que possamos pertencer à geração dos que buscam a Deus, dos que procuram a face do Deus de Jacó" – concluiu o Papa. (MJ)
Em sua homilia, o Papa recordou que neste dia, ao longo dos séculos por toda a face da terra, jovens e pessoas de todas as idades aclamam o Senhor dizendo: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!"
Jesus sabe que o espera uma Páscoa nova e que Ele mesmo tomará o lugar dos cordeiros imolados, oferecendo-se a si mesmo na Cruz. "A nossa procissão de hoje quer ser imagem de algo mais profundo, imagem do fato que caminhamos em peregrinação, juntamente com Jesus, para a estrada alta que leva ao Deus vivo" – frisou o pontífice.
O Santo Padre sublinhou que "desde sempre, e hoje ainda mais, os homens nutriram o desejo de «ser como Deus»; de alcançar, eles mesmos, a altura de Deus" – e acrescentou:
"Em todas as invenções do espírito humano, em última análise, procura-se conseguir asas para poder elevar-se à altura do Ser divino, para se tornar independentes, totalmente livres, como é Deus. A humanidade pôde realizar tantas coisas: somos capazes de voar; podemos ver-nos uns aos outros, ouvir e falar entre nós dum extremo do mundo ao outro, e todavia, a força de gravidade que nos puxa para baixo é poderosa. Junto com as nossas capacidades, não cresceu apenas o bem; cresceram também as possibilidades do mal, que se levantam como tempestades ameaçadoras sobre a história. E perduram também os nossos limites: basta pensar nas catástrofes que, nestes meses, afligiram e continuam afligindo a humanidade" - disse o Papa.
O Santo Padre ressaltou que a Igreja nos faz um convite "Sursum corda – corações ao alto!" "O coração, segundo a concepção bíblica e na visão dos Padres da Igreja, é aquele centro do homem onde se unem o intelecto, a vontade e o sentimento, o corpo e a alma; é aquele centro, onde o espírito se torna corpo e o corpo se torna espírito, onde vontade, sentimento e intelecto se unem no conhecimento de Deus e no amor a Ele. Este «coração» deve ser elevado, mas sozinhos somos demasiado frágeis para elevar o nosso coração até a altura de Deus; não somos capazes disso" – disse ainda Bento XVI.
Cristo veio ao mundo para nos levar a Deus, "desceu até a humilhação extrema da existência humana, a fim de nos levar para o alto rumo a Ele, rumo ao Deus vivo. Jesus humilhou-se e só assim podia ser superada a nossa soberba: a humildade de Deus é a forma extrema de seu amor, e este amor humilde atrai para o alto" – sublinhou o Papa.
Bento XVI sublinhou que a liturgia de hoje, indica alguns elementos concretos, que pertencem à nossa elevação e sem os quais não podemos ser levados para o alto: "as mãos inocentes, o coração puro, a rejeição da mentira, a procura do rosto de Deus".
"As grandes conquistas da técnica só nos tornam livres e são elementos de progresso da humanidade, se forem acompanhadas por estas atitudes: se as nossas mãos se tornarem inocentes e o coração puro, se permanecermos à procura da verdade, à procura do próprio Deus e nos deixarmos tocar e interpelar pelo seu amor. Mas todos estes elementos da elevação só serão úteis, se reconhecermos com humildade que devemos ser levados para o alto, se abandonarmos a soberba de querermos ser Deus. Temos necessidade Dele: Deus nos leva para o alto; permanecer apoiados em suas mãos, isto é, na fé, nos dá a orientação justa e a força interior que nos leva para o alto. Temos necessidade da humildade da fé, que procura o rosto de Deus e se entrega à verdade do seu amor" - frisou o pontèifice.
"Com o Senhor, caminhamos, peregrinos, para o alto. Vamos à procura do coração puro e das mãos inocentes, à procura da verdade, procurando o rosto de Deus. Peçamos ao Senhor para que nos torne puros, a fim de que possamos pertencer à geração dos que buscam a Deus, dos que procuram a face do Deus de Jacó" – concluiu o Papa. (MJ)
sábado, 16 de abril de 2011
HOJE ANIVERSÁRIO DE 84 ANOS DE BENTO XVI ( PUBLICAÇÃO CEDIDA DA FONTE CANÇÃO NOVA )
Quando lentamente foi se encaminhando a votação para escolha de um novo Papa, o então Cardeal Joseph Ratzinger pensou que a "guilhotina teria caído sobre sua cabeça" e começou até a ter "vertigens". "Estava convencido de que tinha desempenhado a obra de toda uma vida e de poder transcorrer meus últimos dias em tranquilidade", confessou Bento XVI no conclave que o elegeu.
O então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, com profunda convicção, disse a Deus: "Não me faças isso! Dispões de pessoas mais jovens e melhores, que podem enfrentar esta grande tarefa com outro impulso e vigor", conta ele.
Acesse
.: Clipe de homenagem ao Papa
Mesmo sendo um teólogo altamente respeitado com diversas publicações e prefeito de um dicastério da Cúria Romana - a Congregação para a Doutrina da Fé -, Joseph Ratzinger acreditava ser um instrumento insuficiente.
"Fiquei então muito comovido com uma breve carta que me escreveu um irmão do colégio cardinalício. Recordou-me que, por ocasião da Missa por João Paulo II, eu tinha centrado a homilia, partindo do Evangelho, na palavra que o Senhor disse a Pedro, junto do lago de Genesaré: 'Segue-me!'. Expliquei que Karol Wojtyla recebeu sempre de novo este chamado do Senhor e, como sempre de novo, tivera de renunciar a muito e dizer simplesmente: 'Sim, sigo-te, mesmo se me conduzes onde não quero'", conta o agora Papa Bento XVI.
O religioso escreveu a ele: "Se agora o Senhor dissesse a ti 'Segue-me', então recorda-te do que pregaste. Não te recuses! Seja obediente como descreveste o grande Papa, que voltou à casa do Pai".
"Isso admirou-me profundamente. As vias do Senhor não são confortáveis, mas nós não somos criados para o conforto, mas para as coisas grandes, para o bem. Assim, no final, não pude fazer mais do que dizer sim".
O Papa que a mídia secular descreve
Neste sábado, 16, Bento XVI completa 84 anos de vida e, mesmo depois de quase seis anos de pontificado, ele ainda é descrito pela mídia secular como um homem frio, distante e conservador. Tais descrições levaram até mesmo alguns católicos a criar um certo distanciamento em relação às suas palavras e fazer pré-julgamentos a partir de informações de mídias seculares.
"No seu livro de entrevista O Sal da Terra, o Papa Bento XVI fala dessa problemática. E ele demonstra ter consciência de que foi vítima de uma propaganda desleal. Na verdade, a mídia progressista se uniu a vários teólogos liberais, dentro da própria Igreja, com o interesse de separar a figura do Cardeal Joseph Ratzinger da figura carismática de João Paulo II. Como se o Papa fosse refém de um cruel inquisidor. Nós sabemos, porém, que esses dois homens estavam intimamente ligados e trabalhavam em profunda sintonia um com o outro. Não é possível compreender o pontificado de João Paulo II deixando de lado a figura de Joseph Ratzinger", enfatiza o Vigário Judicial da Arquidiocese de Cuiabá (MT), padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
O sacerdote conheceu Bento XVI quando morou em Roma, de 1988 a 1992. Nesta época, o Papa era ainda o Cardeal Joseph Ratzinger. Ele lembra que como prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, sempre que Joseph Ratzinger precisava dirigir uma palavra mais fime a algum teólogo fazia sempre por amor à verdade e amor pelo povo de Deus.
"Joseph Ratzinger continua sendo o homem de Deus que sempre foi. Não houve mudança em sua personalidade. Trata-se apenas do fato que a mídia sonegou e escondeu de nós, durante muito tempo, o homem extraordinário e cativante que ele sempre foi", afirma padre Paulo Ricardo.
Bento XVI: Pastor da Igreja
O Papa Bento XVI é hoje a figura real do pastor que a Igreja Católica precisa num tempo de profundas transformações sociais, econômicas e políticas, num tempo de consolidações de diálogos inter-religiosos e construções de novos diálogos culturais, explica padre Paulo Ricardo.
"O povo não pode ser deixado como ovelha sem pastor. O povo de Deus espera uma palavra que venha de seus pastores e que indique o caminho a ser seguido. Pois a própria Escritura nos adverte: 'surgirão falsos profetas'", destaca o presbítero.
Padre Paulo Ricardo ressalta que as pessoas devem receber a mensagem do Papa com o coração aberto.
"Na introdução do seu livro Jesus de Nazaré, o Papa diz que não é possível as pessoas dialogarem e se compreenderem mutuamente sem um mínimo de benevolência. Ou seja, para que nós possamos ouvir o Papa e aquilo que ele quer nos dizer, precisamos querer bem a ele e saber que ele não é um inimigo", destaca.
O sacerdote lembra que a guerra. antes de ser um conflito de armas, é uma realidade espiritual; isto é, quando as pessoas não querem se ouvir mutuamente, estão em guerra.
"O Papa vem trazer uma mensagem de paz, mas para que nós acolhamos essa mensagem de paz é necessário que haja esta benevolência e a disposição de saber que é um homem de bem que vem nos dirigir uma palavra, e não simplesmente uma palavra dele, mas uma Palavra que vem de Deus", enfatiza.
O então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, com profunda convicção, disse a Deus: "Não me faças isso! Dispões de pessoas mais jovens e melhores, que podem enfrentar esta grande tarefa com outro impulso e vigor", conta ele.
Acesse
.: Clipe de homenagem ao Papa
Mesmo sendo um teólogo altamente respeitado com diversas publicações e prefeito de um dicastério da Cúria Romana - a Congregação para a Doutrina da Fé -, Joseph Ratzinger acreditava ser um instrumento insuficiente.
"Fiquei então muito comovido com uma breve carta que me escreveu um irmão do colégio cardinalício. Recordou-me que, por ocasião da Missa por João Paulo II, eu tinha centrado a homilia, partindo do Evangelho, na palavra que o Senhor disse a Pedro, junto do lago de Genesaré: 'Segue-me!'. Expliquei que Karol Wojtyla recebeu sempre de novo este chamado do Senhor e, como sempre de novo, tivera de renunciar a muito e dizer simplesmente: 'Sim, sigo-te, mesmo se me conduzes onde não quero'", conta o agora Papa Bento XVI.
O religioso escreveu a ele: "Se agora o Senhor dissesse a ti 'Segue-me', então recorda-te do que pregaste. Não te recuses! Seja obediente como descreveste o grande Papa, que voltou à casa do Pai".
"Isso admirou-me profundamente. As vias do Senhor não são confortáveis, mas nós não somos criados para o conforto, mas para as coisas grandes, para o bem. Assim, no final, não pude fazer mais do que dizer sim".
O Papa que a mídia secular descreve
Neste sábado, 16, Bento XVI completa 84 anos de vida e, mesmo depois de quase seis anos de pontificado, ele ainda é descrito pela mídia secular como um homem frio, distante e conservador. Tais descrições levaram até mesmo alguns católicos a criar um certo distanciamento em relação às suas palavras e fazer pré-julgamentos a partir de informações de mídias seculares.
"No seu livro de entrevista O Sal da Terra, o Papa Bento XVI fala dessa problemática. E ele demonstra ter consciência de que foi vítima de uma propaganda desleal. Na verdade, a mídia progressista se uniu a vários teólogos liberais, dentro da própria Igreja, com o interesse de separar a figura do Cardeal Joseph Ratzinger da figura carismática de João Paulo II. Como se o Papa fosse refém de um cruel inquisidor. Nós sabemos, porém, que esses dois homens estavam intimamente ligados e trabalhavam em profunda sintonia um com o outro. Não é possível compreender o pontificado de João Paulo II deixando de lado a figura de Joseph Ratzinger", enfatiza o Vigário Judicial da Arquidiocese de Cuiabá (MT), padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
O sacerdote conheceu Bento XVI quando morou em Roma, de 1988 a 1992. Nesta época, o Papa era ainda o Cardeal Joseph Ratzinger. Ele lembra que como prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, sempre que Joseph Ratzinger precisava dirigir uma palavra mais fime a algum teólogo fazia sempre por amor à verdade e amor pelo povo de Deus.
"Joseph Ratzinger continua sendo o homem de Deus que sempre foi. Não houve mudança em sua personalidade. Trata-se apenas do fato que a mídia sonegou e escondeu de nós, durante muito tempo, o homem extraordinário e cativante que ele sempre foi", afirma padre Paulo Ricardo.
Bento XVI: Pastor da Igreja
O Papa Bento XVI é hoje a figura real do pastor que a Igreja Católica precisa num tempo de profundas transformações sociais, econômicas e políticas, num tempo de consolidações de diálogos inter-religiosos e construções de novos diálogos culturais, explica padre Paulo Ricardo.
"O povo não pode ser deixado como ovelha sem pastor. O povo de Deus espera uma palavra que venha de seus pastores e que indique o caminho a ser seguido. Pois a própria Escritura nos adverte: 'surgirão falsos profetas'", destaca o presbítero.
Padre Paulo Ricardo ressalta que as pessoas devem receber a mensagem do Papa com o coração aberto.
"Na introdução do seu livro Jesus de Nazaré, o Papa diz que não é possível as pessoas dialogarem e se compreenderem mutuamente sem um mínimo de benevolência. Ou seja, para que nós possamos ouvir o Papa e aquilo que ele quer nos dizer, precisamos querer bem a ele e saber que ele não é um inimigo", destaca.
O sacerdote lembra que a guerra. antes de ser um conflito de armas, é uma realidade espiritual; isto é, quando as pessoas não querem se ouvir mutuamente, estão em guerra.
"O Papa vem trazer uma mensagem de paz, mas para que nós acolhamos essa mensagem de paz é necessário que haja esta benevolência e a disposição de saber que é um homem de bem que vem nos dirigir uma palavra, e não simplesmente uma palavra dele, mas uma Palavra que vem de Deus", enfatiza.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
OS POBRES NÃO SÃO UM PROBLEMA; AFIRMOU DOM FRANCIS CHULLIKATT EM NOVA IORQUE.
Nova Iorque, 15 abr (RV) – “Os pobres são um recurso, não um problema”: foi o que reafirmou o Arcebispo Dom Francis Chullikatt no seu discurso à Comissão População e Desenvolvimento do Conselho Econômico e Social da ONU em Nova Iorque. O Observador permanente da Santa Sé junto à ONU criticou a visão distorcida de desenvolvimento de que a erradicação da pobreza eliminaria os pobres. O prelado, então, pediu aos governos que respeitem a dignidade da pessoa e em particular o direito dos pais a terem filhos, livres de qualquer tipo de coerção.
Ainda hoje, alertou Dom Chullikatt, quando se trata de saúde reprodutiva e desenvolvimento, a discussão é orientada pela “falsa convicção de que, num contexto de crescimento da população”, o ato de dar a vida deve ser visto com medo ao invés de ser incentivado.
Esta corrente de pensamento, observou o prelado, está baseada em um “individualismo radical, que considera a reprodução humana como um bem que deve ser regulado” para tornar a economia de mercado mais eficiente. Uma visão, disse o Arcebispo Chullikatt, que pode não corresponder aos objetivos das Nações Unidas. Essas interpretações erradas, continuou, “conduzem a uma visão distorcida” segundo a qual o crescimento da população, especialmente dos pobres, deveria ser reduzido de modo a contrastar a pobreza, o analfabetismo e a desnutrição. Ao mesmo tempo, afirma a teoria sem provas, de que o aumento da população devastaria o meio ambiente e levaria a um conflito sobre o uso dos recursos.
“Essas preocupações - advertiu - contribuiem para a disseminação de formas de técnicas reprodutivas que denigrem a natureza da sexualidade humana”. Tais concepções erradas, acrescentou, “levaram alguns governos a adotar leis e políticas que desestimulam os pais a exerçerem o seu direito fundamental de terem filhos e livres de coerção”. Políticas que, em alguns casos , “tornam até mesmo ilegal para uma mãe dar a vida e para uma criança ter um irmão ou irmã”.
Dom Chullikatt, então criticou duramente a teoria segundo a qual “se houvesse menos mulheres pobres que dão a luz haveria índices mais limitados de mortalidade materna” e, ainda, se nascessem ”menos pessoas com fome seria mais fácil alocar recursos para o desenvolvimento”. Essa visão distorcida - é a denúncia do prelado -, “considera os pobres um problema” a ser enfrentado como se fossem “objetos sem importância” ao invés de “pessoas com uma inata dignidade” merecedora de total apoio da comunidade internacional.
Além disso, disse Dom Chullikatt, em algumas áreas do mundo, a diminuição das taxas de fecundidade tem levado a problemas com o envelhecimento da população, com problemas para desenvolvimento e o necessário apoio aos idosos. O prelado reiterou então a necessidade de um desenvolvimento humano integral que leve em conta os aspectos políticos, culturais e espirituais da pessoa, da família e da sociedade. Daí, o apelo à comunidade internacional para respeitar a dignidade de cada pessoa, que é a base de “uma nova ética para o desenvolvimento”.
Em particular, salientou o bispo, a Santa Sé pede à comunidade internacional para aumentar o seu apoio à família e ao acolhimento da vida, ao invés de se concentrar em políticas destinadas a reduzir o número de pessoas pobres, com métodos que atacam o matrimônio e a família; e concluiu, seria necessário concentrar os recursos em favor daquele bilhão de seres humanos subnutridos e trabalhar a fim de assegurar a educação primária aos 69 milhões de crianças que correm o risco de se tornar uma outra geração de analfabetos. (SP)
Ainda hoje, alertou Dom Chullikatt, quando se trata de saúde reprodutiva e desenvolvimento, a discussão é orientada pela “falsa convicção de que, num contexto de crescimento da população”, o ato de dar a vida deve ser visto com medo ao invés de ser incentivado.
Esta corrente de pensamento, observou o prelado, está baseada em um “individualismo radical, que considera a reprodução humana como um bem que deve ser regulado” para tornar a economia de mercado mais eficiente. Uma visão, disse o Arcebispo Chullikatt, que pode não corresponder aos objetivos das Nações Unidas. Essas interpretações erradas, continuou, “conduzem a uma visão distorcida” segundo a qual o crescimento da população, especialmente dos pobres, deveria ser reduzido de modo a contrastar a pobreza, o analfabetismo e a desnutrição. Ao mesmo tempo, afirma a teoria sem provas, de que o aumento da população devastaria o meio ambiente e levaria a um conflito sobre o uso dos recursos.
“Essas preocupações - advertiu - contribuiem para a disseminação de formas de técnicas reprodutivas que denigrem a natureza da sexualidade humana”. Tais concepções erradas, acrescentou, “levaram alguns governos a adotar leis e políticas que desestimulam os pais a exerçerem o seu direito fundamental de terem filhos e livres de coerção”. Políticas que, em alguns casos , “tornam até mesmo ilegal para uma mãe dar a vida e para uma criança ter um irmão ou irmã”.
Dom Chullikatt, então criticou duramente a teoria segundo a qual “se houvesse menos mulheres pobres que dão a luz haveria índices mais limitados de mortalidade materna” e, ainda, se nascessem ”menos pessoas com fome seria mais fácil alocar recursos para o desenvolvimento”. Essa visão distorcida - é a denúncia do prelado -, “considera os pobres um problema” a ser enfrentado como se fossem “objetos sem importância” ao invés de “pessoas com uma inata dignidade” merecedora de total apoio da comunidade internacional.
Além disso, disse Dom Chullikatt, em algumas áreas do mundo, a diminuição das taxas de fecundidade tem levado a problemas com o envelhecimento da população, com problemas para desenvolvimento e o necessário apoio aos idosos. O prelado reiterou então a necessidade de um desenvolvimento humano integral que leve em conta os aspectos políticos, culturais e espirituais da pessoa, da família e da sociedade. Daí, o apelo à comunidade internacional para respeitar a dignidade de cada pessoa, que é a base de “uma nova ética para o desenvolvimento”.
Em particular, salientou o bispo, a Santa Sé pede à comunidade internacional para aumentar o seu apoio à família e ao acolhimento da vida, ao invés de se concentrar em políticas destinadas a reduzir o número de pessoas pobres, com métodos que atacam o matrimônio e a família; e concluiu, seria necessário concentrar os recursos em favor daquele bilhão de seres humanos subnutridos e trabalhar a fim de assegurar a educação primária aos 69 milhões de crianças que correm o risco de se tornar uma outra geração de analfabetos. (SP)
quarta-feira, 13 de abril de 2011
PAPA BENTO XVI CRIA 03 NOVAS ARQUIDIOCESE NO RIO GRANDE DO SUL DE UMA SÓ VES
O papa Bento XVI anunciou hoje, 13, a criação de três novas Províncias Eclesiásticas no Rio Grande do Sul, elevando à arquidiocese as antigas dioceses de Santa Maria, Passo Fundo e Pelotas. Consequentemente, seus bispos foram nomeados arcebispos. São eles: dom Hélio Adelar Rubbert (Santa Maria), dom Jacinto Bergman (Pelotas) e dom Pedro Ercílio Simon (Passo Fundo).
A criação das novas Províncias Eclesiásticas se deu pelo desmembramento da Província Eclesiástica de Porto Alegre, que englobava todas essas dioceses. As novas Províncias Eclesiásticas serão assim constituídas a partir de hoje:
Província Eclesiástica de Santa Maria: diocese de Uruguaiana, Cruz Alta, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul.
Província Eclesiástica de Passo Fundo: diocese de Vacaria, Frederico Westphalen e Erexim.
Província Eclesiástica de Pelotas: diocese de Bagé e Rio Grande.
Província Eclesiástica de Porto Alegre será composta das dioceses de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Osório e Montenegro
Assinar:
Postagens (Atom)