Em meio as pandemias, por vezes acordo caminhando com a voz: A Nova Congregação e fico como Francisco com o sentimento será que precisamos promover uma coleta para ajudar as congregações?
Quando o Pontífice Pio XII governava a Igreja, o eterno se manifestou em nossa história e a partir dali a ação de Deus na modernidade, derrubou estruturas da conjuntura eclesial e se infundiu nas massas do tecido social.
De nossa parte eu ainda era um jovem quando vi no Maracanã São João Paulo II presidir a Missa de ordenação sacerdotal no entanto de nosso ponto de vista particular o primeiro Papa que visitou o Brasil foi o secretário de estado do Papa Pio XI, o cardeal Pacelli que possuía parentes na América latina em especial no Paraná - Brasil e se tornou o Papa Pio XII.
E como sabemos disso? Porque nossos pais revelaram e para que não esqueça de ti, em meio ás consequências da idade, quero preparar o caminho para aqueles que vem depois de mim, pois, ainda que possuíssemos o dom de conhecer o chronos de nada adiantaria se não atingirmos o coração da crise na coletividade com o amor do eterno, pois ás potestades estão presente em toda parte no tempo e o coração que pode transformar as sequelas das pandemias no mundo está na liturgia da Igreja de onde emana a nossa espiritualidade.
Ainda me lembro dos meus avós por parte de mãe comentando o êxodo de nossos antepassados, saindo da Síria e se instalando na Itália de onde parte dos filhos que ali nasceram, migraram para o Brasil e foi assim que a partir do governo de Pio XII o eterno se manifestou em nossa história familiar através da Igreja doméstica.
Em meio a conjuntura social daquele tempo, um jovem por ser negro é rejeitado no seminário em São Paulo e resolve não voltar para trás e vem caminhando para o interior do Paraná, só com a roupa do corpo e encontra no campo uma família de católicos italianos que o acolhe com dignidade através de um abraço, alimentos, trabalho e um quarto para morar na casa da família e com o primeiro Congresso Eucarístico do Brasil que aconteceria em 1955 no Rio de Janeiro a família devota do jovem mártir da eucaristia São Tarcísio, patrocina a ida do jovem José ao Rio de Janeiro para participar da festa da eucaristia onde é acolhido pelo Bispo auxiliar da cidade maravilhosa em sua casa que era: Dom Helder Câmara.
Na volta para casa a família italiana quis saber os detalhes da viagem e José conta que o Bispo ao acolher os jovens do Paraná em sua casa, pediu para contarem as suas histórias e após José contar a sua história: Dom Helder Câmara retirou do dedo o seu anel e colocou nas mãos de José.
A família ao ouvir o relato de José, revela que são parentes de Pio XII e recebe regularmente cartas de catequese e documentos que incentiva a família trabalhar com os jovens a formação mariana na evangelização da Igreja doméstica.
E assim o jovem negro depois de alguns anos retorna a casa de seus pais e fica triste ao saber que uma de suas irmãs queria ser freira e recentemente a Madre veio visitar a família e não levou a Laura para estudar em Curitiba pois os pais não tinha condições financeiras de bancar os estudos e só levaram as filhas das famílias de posses e assim José se encolerizou com a situação e perguntou a sua irmã: você tem certeza que Jesus está te chamando? Sim respondeu Laura; então se arrume agora que eu vou levá-la para a Madre em Curitiba.
Ao chegar ao colégio da congregação em Curitiba a Madre explicou a José que não tinha como levar a moça devido a difícil situação financeira em que passava o colégio e diante do contexto José disse: se este é o problema eu sou irmão dela e posso pagar os estudos antecipados para ajuda-la e assim a congregação ganhou uma freira.
Depois de retornar ao interior do Paraná, José agradeceu e muito a família italiana que acolheu em seu meio e prometeu que se um dia tivesse um filho este receberia o nome em agradecimento por todo o bem que aquela família devota de São Tarcísio, proporcionou em sua formação e história de vida.
E foi assim que cerca de duas décadas depois, José passava por muitas dificuldades e agora tinha filhos e diante do contexto, Deus nos abençoou através da Madre que autorizou seu filho a vim para Curitiba e ficar por um tempo no colégio das irmãs até que conseguissem um emprego e pudessem trazer a família para a capital paranaense.
Não foi fácil a experiência de aprender a conviver em meio aos surdos e mudos e com o tempo fui compreendendo os sinais a partir de quando meu Pai colocou em minhas mãos o seu anel e disse: honra os seus antepassados na FÉ e foi ali que comecei a compreender que Deus estava agindo e se comunicando em nossa história.
Nosso objetivo com essa mensagem é testemunhar para ás gerações que se queres seguir o caminho não podes ser como Himeneu, pois para onde estamos indo o trigo suporta a luz do sol e ali construiremos nossa casa em meio aos que sofrem na firme esperança que também vós encontre nas periferias existenciais as respostas do eterno e assim possamos juntos cumprir a ordem com a nova congregação, fazendo discípulos missionários para reconstruir a Igreja, para quando Nosso Senhor, voltar, encontre Fé neste mundo.
Matéria reflexão: Tarcísio Cirino
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