Sacerdócio cristão não existe para si mesmo, enfatiza Papa
Rádio Vaticano
O Papa recebeu no Vaticano os membros da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu
Qual é o lugar do sacerdócio ordenado, na vida Igreja, e qual o lugar da vida comum na experiência sacerdotal? Estas as duas questões a que Bento XVI tratou de responder ao receber, na manhã deste sábado, 12, no Palácio Apostólico, os 400 participantes na assembleia geral da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu - padres ligados à Fraternidade de “Comunhão e Libertação”.
O Papa começou por recordar “uma verdade que se foi reafirmando com particular clareza a partir do século XIX e que encontrou uma significativa expressão na teologia do Concílio Vaticano II”. Isto é: que “o sacerdócio cristão não é existe para si mesmo”. Assim, Bento XVI disse que cada sacerdote pode, portanto, dizer aos fiéis, parafraseando Santo Agostinho: ‘convosco sou cristão, para vós, sou padre'”.
“A glória e a alegria do sacerdócio é servir Cristo e o seu Corpo místico. Ele representa, no interior da Igreja, uma vocação belíssima e singular, que torna Cristo presente, porque participa no único e eterno Sacerdócio de Cristo. A presença de vocações sacerdotais é um sinal seguro da verdade e da vitalidade de uma comunidade cristã”, ressaltou o Santo Padre.
De fato, Deus chama sempre. Bento XVI explicou que não existe crescimento verdadeiro e fecundo, na Igreja, sem uma autêntica presença sacerdotal que a apoie e alimente.
Neste contexto, o Papa exprimiu a sua gratidão a todos os que dedicam as suas energias à formação dos padres e à reforma da vida sacerdotal.
“Como toda a Igreja, também o sacerdócio tem necessidade de se renovar continuamente, reencontrando na vida de Jesus as formas mais essenciais do seu próprio ser”, salientou o Pontífice.
Contudo, qualquer renovação da vida sacerdotal tem que ter em contas alguns elementos irrenunciáveis.. “Antes de mais uma profunda educação à meditação e à oração, vividas como diálogo com o Senhor ressuscitado, presente na sua Igreja”, sublinhou Bento XVI. Em segundo lugar, “um estudo da Teologia que permita encontrar as verdades cristãs na forma de uma síntese ligada à vida da pessoa e da comunidade”, completou.
Foi neste contexto que o Papa destacou o valor da vida comum, na existência sacerdotal, retomando uma das suas declarações no livro-entrevista “Sal da Terra”: “É importante que os padres não vivam isolados, cada um da sua parte, mas estejam juntos em pequenas comunidades, apoiando-se uns aos outros e fazendo assim experiência do estar juntos no serviço a Cristo e na renúncia pelo Reino dos céus, com uma crescente consciência disto mesmo”.
O Pontífice esclareceu que esta proposta de vida comum dos padres não é uma estratégia para dar resposta, por exemplo, à carência de sacerdotes, ao à sua solidão ou fragilidade. Pode ser que ajude nesse sentido, mas “só na medida em que a vida fraterna for concebida e vivida como um caminho para se imergir na realidade da comunhão”.
“A vida comum é expressão do dom de Cristo que é a Igreja e está prefigurada na comunidade apostólica, que deu lugar aos presbíteros. Nenhum sacerdote administra algo seu, mas participa com os outros irmãos num dom sacramental que vem diretamente de Jesus”, enfatizou o Santo Padre.
Por um lado, o Papa observou que “viver com outros significa aceitar a necessidade da própria conversão contínua e sobretudo descobrir a beleza desse caminho, a alegria da humildade, da penitência, mas também da conversão, do perdão recíproco, do apoio mútuo”. Em todo o caso, sem entrar no diálogo eterno que o Filho mantém com o Pai, no Espírito Santo, não é possível uma autêntica vida comum.
“Há que estar com Jesus para poder estar com os outros. É este o coração da missão. Na companhia de Cristo e dos irmãos, cada sacerdote pode encontrar as energias necessárias para se ocupar dos homens, para assumir as necessidades espirituais e materiais das pessoas que encontra, para ensinar com palavras sempre novas, ditadas pelo amor, as verdades eternas da fé de que também os nossos contemporâneos têm sede”, ressaltou Bento XVI.
O Papa começou por recordar “uma verdade que se foi reafirmando com particular clareza a partir do século XIX e que encontrou uma significativa expressão na teologia do Concílio Vaticano II”. Isto é: que “o sacerdócio cristão não é existe para si mesmo”. Assim, Bento XVI disse que cada sacerdote pode, portanto, dizer aos fiéis, parafraseando Santo Agostinho: ‘convosco sou cristão, para vós, sou padre'”.
“A glória e a alegria do sacerdócio é servir Cristo e o seu Corpo místico. Ele representa, no interior da Igreja, uma vocação belíssima e singular, que torna Cristo presente, porque participa no único e eterno Sacerdócio de Cristo. A presença de vocações sacerdotais é um sinal seguro da verdade e da vitalidade de uma comunidade cristã”, ressaltou o Santo Padre.
De fato, Deus chama sempre. Bento XVI explicou que não existe crescimento verdadeiro e fecundo, na Igreja, sem uma autêntica presença sacerdotal que a apoie e alimente.
Neste contexto, o Papa exprimiu a sua gratidão a todos os que dedicam as suas energias à formação dos padres e à reforma da vida sacerdotal.
“Como toda a Igreja, também o sacerdócio tem necessidade de se renovar continuamente, reencontrando na vida de Jesus as formas mais essenciais do seu próprio ser”, salientou o Pontífice.
Contudo, qualquer renovação da vida sacerdotal tem que ter em contas alguns elementos irrenunciáveis.. “Antes de mais uma profunda educação à meditação e à oração, vividas como diálogo com o Senhor ressuscitado, presente na sua Igreja”, sublinhou Bento XVI. Em segundo lugar, “um estudo da Teologia que permita encontrar as verdades cristãs na forma de uma síntese ligada à vida da pessoa e da comunidade”, completou.
Foi neste contexto que o Papa destacou o valor da vida comum, na existência sacerdotal, retomando uma das suas declarações no livro-entrevista “Sal da Terra”: “É importante que os padres não vivam isolados, cada um da sua parte, mas estejam juntos em pequenas comunidades, apoiando-se uns aos outros e fazendo assim experiência do estar juntos no serviço a Cristo e na renúncia pelo Reino dos céus, com uma crescente consciência disto mesmo”.
O Pontífice esclareceu que esta proposta de vida comum dos padres não é uma estratégia para dar resposta, por exemplo, à carência de sacerdotes, ao à sua solidão ou fragilidade. Pode ser que ajude nesse sentido, mas “só na medida em que a vida fraterna for concebida e vivida como um caminho para se imergir na realidade da comunhão”.
“A vida comum é expressão do dom de Cristo que é a Igreja e está prefigurada na comunidade apostólica, que deu lugar aos presbíteros. Nenhum sacerdote administra algo seu, mas participa com os outros irmãos num dom sacramental que vem diretamente de Jesus”, enfatizou o Santo Padre.
Por um lado, o Papa observou que “viver com outros significa aceitar a necessidade da própria conversão contínua e sobretudo descobrir a beleza desse caminho, a alegria da humildade, da penitência, mas também da conversão, do perdão recíproco, do apoio mútuo”. Em todo o caso, sem entrar no diálogo eterno que o Filho mantém com o Pai, no Espírito Santo, não é possível uma autêntica vida comum.
“Há que estar com Jesus para poder estar com os outros. É este o coração da missão. Na companhia de Cristo e dos irmãos, cada sacerdote pode encontrar as energias necessárias para se ocupar dos homens, para assumir as necessidades espirituais e materiais das pessoas que encontra, para ensinar com palavras sempre novas, ditadas pelo amor, as verdades eternas da fé de que também os nossos contemporâneos têm sede”, ressaltou Bento XVI.
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