Em um final de semana, com o pôr do sol, na última década; estávamos encerrando uma catequese de pais e padrinhos e na saída, fui surpreendido com um senhor, que chegou e perguntou: Moço poderia me ajudar, pois já não sou mais criança e diante das burocracias, como faço para receber o batismo?
Sentamos para conversar por um bom tempo e após o diálogo e orientações o senhor de sorriso natural, agradeceu e foi para casa, na esperança do batismo.
Passado algumas semanas, estávamos chegando para o trabalho em uma loja na Avenida Paraná-Curitiba, próximo do sinaleiro, uma viatura militar estava atendendo um atropelamento e como era de frente ao meu trabalho e o atendimento estava sendo demorado, fui visualizar às burocracias do pronto socorro no acidente, bem de perto.
Quando cheguei perto reconheci a pessoa, ele já estava na maca e não podia mover á cabeça; então fui mais perto e olhei para o seu rosto, para os seus olhos.
O olhar sorridente ainda era o mesmo, e começaram a rolar lágrimas, então compreendi à sua voz, me - abaixei ao corpo no chão e perguntei, ainda deseja o batismo? Ele piscou os olhos, como que dizendo SIM.
Corri pegar um copo de água e depressa joguei sobre a cabeça do amigo dizendo: Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo.
Os soldados, pediram para me afastar o levaram e nunca mais o vi.
Às vezes me pergunto, será que este batismo valeu?
Nossa Reflexão: Tarcísio Cirino
23-01-2021
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