Tempos atrás, visitando um amigo que trabalha com o povo de rua, durante o diálogo o amigo com olhar cansado preso no horizonte, de repente, desarmado de qualquer pretensão, em tom de brincadeira, risos, dizia: Sabe a culpa da omissão dos cristãos em nosso tempo é do Imperador Constantino, pois este foi um oportunista, que encabelou ás humildes comunidades cristãs e no transcorrer dos séculos a tentação do poder, entrou pela porta das comunidades de fé e hoje somos reféns do sistema imperial que está ai.
Não temos mais tempo para brincar de ser igreja, pois como a corrente de um rio que arrasta tudo o que encontra pela frente, vivemos uma pandemia sistêmica, onde somos governados por decretos, e parece, que o que importa não é o altar e sim o ouro que alimenta o sistema de César.
Dito isso, em tempos onde a PALAVRA, não é encarnada e sim instrumentalizada é preciso uma sã reflexão, diante da conjuntura atual, onde convivemos a triste realidade de milhares de óbitos, dia, sobrevivendo nós pela ação de Deus, em meio a decretos.
Todos nós do segmento cristão, deveríamos ter consciência que no plano da salvação, fomos feitos para a missão do reino de Deus, para proteger a vida e no entanto, se o prefeito, governador, emitir decretos, autorizando o culto, com 50% à 100% da capacidade do templo, pastores que deveria ter consciência em proteger a vida, é possível que serão omissos, abrindo o redil para o sacrifício das ovelhas.
Parece que a culpa não é de Constantino e sim da formação das consciências que durante séculos, transformou o missionário em apenas um rezado de missa e hoje, presos nas sacristias, não sabem o que fazer, pois Igreja em saída é coisa de Francisco, para os leigos e diante da conjuntura atual; o que esperar da 58 assembleia dos bispos do Brasil?
Neste sistema cruel do mundo ultramoderno, é missão da Igreja, promover iniciativas para atrair
trabalhadores ao chamado e com amor, contribuir com a ciência, através das ferramentas disponíveis nas redes digitais, para o fim da enfermidade
na reconstrução da Igreja
Diante
do contexto, é preciso dar passos estratégicos, com sabedoria e
repensar a rede, que são as células doméstica, pequenas
comunidades, pois a rede de hoje, não é como dos séculos
passado, e não basta recursos financeiros para ás carências é preciso
discernimento na escolha dos fios para que a rede suporte a pressão do sistema cruel que
vem pela frente, e à família
sobreviva a pandemia, levando esperança, ás futuras gerações, e possam transmitir a herança da fé, que sobrou das riquezas do povo do resto de Israel.
Porque Creio?
É a reflexão pessoal, a chave que pode ajudar nossa espiritualidade na
conjuntura atual, e nos levar a uma experiência singular, diante dos
desafios do mundo moderno, onde o caminho mais seguro é possuir a
chave da lectio divina, que abre o sacrário de nossa consciência, para compreender a voz que grita no silêncio das profundezas de nossa alma, e
nos leva a seguinte reflexão: Porque Creio?
Porque o verbo se fez carne, é nossa missão eclesial, levar o cerne de nosso apostolado, para além das portas do redil, pois a fé
é um tesouro, um dom concedido por Deus, e graças ao SIM da Mãe de
Deus, que culminou no projeto da salvação, esmagando a cabeça do mal,
temos hoje a Eucaristia, que nos dá força na comunhão com a rede de
irmãos, sem medo das consequências com os desafios, pois, confiantes que
a esperança jamais nos frustrará, navegamos na luz, em tempos de transmissões pelas redes sociais, rumo ao
encontro definitivo com o Pai, através de seu espírito que
caminha conosco.
Nossa reflexão: Tarcísio Cirino
15-04-2021
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