Mulher não tinha voz e era escrava dos esquemas da estrutura cultural e politica em tempos de governos contemporâneos do império romano e diante da conjuntura social, Maria a Mãe do ressuscitado ficou esquecida por quase quatro séculos e como compreender a rainha do céu na conjuntura social do nosso tempo?
Na pós ressureição do filho de Deus, os apóstolos enfrentaram muitas dificuldades no processo de evangelização, pois, se falassem da Mãe do ressuscitado em regiões do mundo que era dominado pelas culturas dos "deuses matriarcais" corria se o risco da Mãe de Deus, ser equiparada pelo povo aos deuses da época a exemplo da grande deusa: Isis, Artemis, Creta e outras(os).
Quando o cristianismo passou a ser a religião oficial do império romano o Papa Silvestre começou a reformar o calendário romano, retirando os feriados dos deuses pagãos para dar lugar á liturgia da solenidades cristãs.
Para a mentalidade cultural da época as solenidades cristãs estava carente da figura feminina maternal e a partir dai, Nossa Senhora começa a preencher essa lacuna mostrando para o mundo que o cristianismo tem uma Mãe e começa os conflitos.
Cirilo de Alexandria com objetivo de combater as heresias e com apoio do Bispo de Roma, convocou no ano 431 o Concilio de Éfeso, com a presença de 250 Bispos e outras autoridades e no fim o patriarca São Cirilo atinge os objetivos vencendo as heresias e a Mãe de Jesus é agraciada com o titulo Theotókos ( Mãe de Deus ).
No dia 1° Novembro 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, o Papa Pio XII proclamou o dogma da assunção de Nossa Senhora ao céu de corpo e alma e sua festa é celebrada no dia 15 agosto.
Pio XII: pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos santos apóstolos Pedro e Paulo e em nossa própria autoridade, pronunciamos, declaramos e definimos como sendo um dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus a sempre virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena foi assumida, corpo e alma na glória celeste.
Nos dias atuais é possível que a polarização politica com foco na colonização das consciências, tenha influenciado "videntes" das comunidades tribal, produzindo no mundo, o "fenômeno das manifestações de Maria" com hora marcada, onde mensagens podem estar sendo manipuladas nas mídias sociais em prol de sistema de governo, onde parece que utilizam o sentimento maternal para atingir as consciências com fins politico, onde "Maria" só falta falar para o povo o nome do candidato a governante que é para ser votado na próxima eleição.
Diante do contexto as problemáticas do passado estão presentes na modernidade com sérios prejuízos a curto e longo prazo para ás próximas gerações no que se refere ao processo da evangelização e salvação.
Em síntese a fé é um mistério que produz a semente da salvação e na força do ressuscitado a fé vem por escutar e escutar no silêncio a mensagem que vem Deus, para que possamos testemunhar até as últimas consequências na firme esperança que em breve seremos chamado para conhecer de perto a casa que Ele o Senhor Jesus foi preparar para que estejamos todos juntos em comunidade no reino definitivo com Nossa Senhora celebrando o mistério do reino de Deus.
Enquanto esse glorioso dia não chega o cristão de hoje, não pode ficar em meio a espetacularizacão da fé, como um poste vagando a beira do caminho a espera do gênio da lâmpada em busca de milagres e revelações, pois o ressuscitado já está em nosso meio, através da mesa da palavra e do pão.
Dito isso, fiquemos nós do seguimento cristão com a mensagem do Evangelho.
Fiquemos com a Santíssima Trindade no mistério do rosário, com Maria da espiritualidade do silêncio a Mãe de Jesus e nossa Mãe que foi assunta ao céu, aquela que os evangelistas por estratégias pouco falaram a Mãe de Deus. Amém..
Salve Maria!
Nossa Reflexão: Tarcísio Cirino
Foto da Internet
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