Veículo da Missão: Muito já-se falou desde sua gêneses e escreveu sobre o carisma do apostolado das capelinhas ou movimento de Nossa Senhora das capelinhas, fazendo as zeladoras, mensageiras e mensageiros conhecidos com sua espiritualidade no serviço da construção do reino de Deus, através da Igreja doméstica em prol das necessidades espirituais e materiais das vocações sacerdotais e religiosas.
Com está matéria neste ano em que o movimento de capelinhas, comemora 82 anos de história em Curitiba e 50 anos do primeiro congresso do movimento a nível mundial, não temos a pretensão de fazer uma leitura da conjuntura eclesial e geopolítica do momento atual, e sim levar ao leitor uma reflexão para seu conhecimento a você que está no futuro, para que conheça um pouco da caminhada do movimento de Nossa Senhora no passado e com a força da oração, saiba discernir no presente o que a palavra de Deus fala em sua consciência em seu coração.
A Igreja de antes do Concílio Vaticano II, estava organizada em uma espécie de estrutura piramidal onde em cima da pirâmide ficava o clero e em baixo da pirâmide ficava os escravos.
Aqueles que estavam em baixo da pirâmide os escravos tinham a função de apenas obedecer os concessionários da verdade em suas necessidades.
Após o Concilio Vaticano II, aconteceu uma mudança de paradigmas e a pirâmide inverteu e aqueles que estavam em baixo foi para cima e passaram a ser chamado Povo de Deus.
Os movimentos começam a ter uma nova configuração e foram atualizando e se formando em um contexto externo a Igreja local em forma de células interligadas em um corpo bem organizado e através de uma estrutura piramidal organizado de baixo para cima, foram inovando e atuando nas periferias dentro das Paróquias, pois o movimento é uma ação do laicato, que pode através de assembleia se organizar e envolver-se nos serviços da ação pastoral em prol do bem comum.
Particularmente não gosto muito da palavra formação pois nos dá a impressão que entramos em uma forma de assar pão e temos que sair da forma iguais, no jeito de pensar, falar, vestir; no entanto muitos trabalhadores chegaram a vinha do Senhor no final da tarde com 35/40/50 anos ou mais e sem uma catequese de adulto aprofundada para fazer parte do seguimento cristão, foram se incorporando em uma Pastoral ou movimento através das formações e adequando o conhecimento através das diretrizes e outros estudos de documentos, sem aprofundar um estudo básico de teologia com a experiência do encontro com a pessoa de Jesus e outras disciplinas da teologia, que com a força do corporativismo se tornaram presas do clericalismo.
Com muitos na UTI, o movimento de capelinhas começou a ter um trabalho fundamental no processo de evangelização, pois nascem e se formam em um contexto externo da Igreja local e com pessoas de uma mesma espiritualidade, se enraízam no chão das comunidades, crescem e dão muitos frutos.
É dentro de um contexto de estagnação, e motivada pela primavera do Concilio Vaticano II, que a Presidente do Movimento de Capelinhas da arquidiocese de Curitiba, Sra.Eddy S.Caprilhone, percebe que através da ação do clero o movimento está se transformando em uma pastoral muito restrita e trabalhando só para as necessidades do clero e isso está enfraquecendo a identidade e envelhecendo a estrutura do apostolado que pode levar a falência.
A Sra.Eddy S.Caprilhone toma a iniciativa de conversar com o arcebispo Dom Manoel da Silveira D'Elboux, levando a seu conhecimento a problemática e pede a sua bênção para iniciar visita as Paróquias e começar a missão do apostolado das capelinhas.
Segue a baixo a transcrição de parte da fala da primeira Presidente do Movimento de Capelinhas.
Eddy S. Caprilhone: Quando assumimos em 29 de fevereiro de 1968 com Dom Manoel da Silveira D'Elboux, a missão de reorganizar o movimento da visita domiciliaria de Nossa Senhora da arquidiocese de Curitiba, organizamos um plano de visitas as Paróquias onde este movimento religioso criado a mais de trinta anos estava em fase de estagnação e tinha caído na rotina natural o apostolado, por falta de estimulo e motivação.
Porém a devoção a Nossa Senhora, e o amor a Mãe do Céu que é o maior tesouro do coração do verdadeiro cristão é sempre a força que realiza o milagre.
Dos primeiro encontros com as pessoas responsáveis por este movimento nas Paróquias, sentimos que liderávamos uma campanha vitoriosa e surgiram ideias, e estudou-se programas e deu se inicio a um apostolado mais atual.
A dedicação das senhoras zeladoras, o estimulo dos senhores vigários e o carinho constatado de nosso Pastor o Senhor arcebispo, fizeram com que em pouco tempo este movimento figurasse como um dos de mais comunicação e penetração nas massas, e atualmente quase todas as Paróquias possuem este apostolado, organizado, que representa uma força atuante.
Não se pode ainda imprimir um roteiro único de trabalho, pois a diversidade do apostolado nas Paróquias e a orientação dada pelos senhores vigários, varia de bairro para bairro; porém sem afetar o espírito da devoção que é a visita as famílias devotas de Nossa Senhora, numa renovação constante e feliz, daquele encontro maravilhoso que o santo evangelho narra e que tanto fala ao nosso coração de Maria e sua prima Santa Izabel.
Além das campanhas da fraternidade do Natal da criança necessitada e outros âmbitos diocesano o apostolado é uma força viva de união em torno dos interesses do maior e melhor entrosamento dos leigos na realização do plano Pastoral Paroquial.
Veículo da Missão: Na última década as últimas assembleias com a Missa em ação de graças pelo aniversário do movimento capelinhas até as comemorações de 80 anos, precisou de um local amplo de acolhimento com grande espaço, pois a média de participação só de mensageiras(os) de capelinhas da arquidiocese de Curitiba, ficava em torno de 2.500 a 3.500 mensageiras(os) de capelinhas, sendo que grande parte das mensageiras(os) ficava fora do templo por falta de espaço no local, conforme podemos visualizar no vídeo a baixo.
Neste ano 2019, a Paróquia Santa Madalena Sofia Barat, está em festa com o movimento, sendo anfitriã para as comemorações dos 82 anos, com a Santa Missa ás 14h00 presidida pelo Senhor arcebispo: Dom José Antônio Peruzzo, no sábado dia 26 outubro.
Matéria: Tarcísio Cirino
06-10-2019
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