terça-feira, 1 de março de 2011

DESEMPREGO E SOLIDÃO CONHEÇA O DRAMA


 

Vicentinos: Desemprego e solidão são dramas maiores da sociedade

Organização está presente no terreno com mais de mais de 900 conferências e 12 500 associados

 
Lisboa, 01 Mar (Ecclesia) – A solidão e o desemprego são as principais dificuldades encontradas no terreno pelos mais de 12 500 associados da Sociedade de S. Vicente de Paulo (SSVP - conferências vicentinas), assinala o presidente da organização em Portugal.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, hoje publicada, António Correia Saraiva diz que “ninguém imagina o número de pessoas que vivem na solidão”.
“É uma coisa terrível. Temos vicentinos que passam as horas que têm disponíveis a visitar pessoas só para falar com elas, há pessoas que passam dias e dia sem falar com ninguém”, refere.
Para este responsável, “é fundamental que as instituições ligadas à Igreja dêem as mãos e denunciem estes casos junto das entidades oficiais”.
“As pessoas estão nos gabinetes e não têm consciência do que se passa em muitos lares portugueses”, alerta António Correia Saraiva.
O presidente da SSVP fala na existência de “bolsas de pobreza por todo o país”, acompanhadas de perto pelas mais de 900 conferências vicentinas que existem em Portugal.
“Basta um elemento do casal perder o emprego e a estabilidade da família «vai-se»”, refere, falando em vários casos que “já estão mesmo no fundo”.
“Com os cortes sociais que o Governo implementou, a pessoas estão a entrar num beco sem saída”, lamenta.
António Correia Saraiva sublinha que “muitas vezes, as necessidades materiais não são as maiores”.
“Se conseguirmos resolver as necessidades espirituais/psicológicas é meio caminho andado para o pobre se levantar e retomar a sua vida”, defende.
A SSVP trabalha “integrada em paróquias”, tomando conhecimento dos casos de pobreza através do contacto directo com as populações e recorrendo a “dádivas das pessoas em cada paróquia”.
“Ninguém sabe cá fora se nós ajudamos A, B ou C. Não temos de estar a expor as pessoas e as suas necessidades”, indica António Correia Saraiva, presidente das conferências vicentinas desde Abril 2010.
A Sociedade de S. Vicente de Paulo é uma associação privada de fiéis fundada pelo Beato António Frederico Ozanam (Paris, 1833), propondo-se promover a justiça e a caridade sobretudo em favor das populações mais pobres.
As conferências vicentinas estão em Portugal desde 1859, mantendo presença em todas as dioceses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário